segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Pedras no caminho

Esses últimos dias não estão sendo muito fáceis pra mim. Desde que voltei de viagem em julho, praticamente todo dia aparece, do nada, uma dor de cabeça. No início leve, logo pela manhã, que desaparecia com qualquer analgésico. Nas duas últimas semanas, foi se tornando mais intensa, só cedendo com analgésicos mais potentes. E isso em uma época totalmente imprópria (rs): encerramento do planejamento estratégico na empresa.

Eu tenho quase certeza que é um processo agudo e exacerbado de stress! Dois anos sem tirar férias, altos e baixos no meu emocional, uma certa teimosia (só um pouco) em não querer usar óculos para alguém que tem um histórico de necessidade. O interessante é que, a meu ver, essa somatização (será?) veio surgir justo no momento em que eu comecei a vislumbrar alguma nova luz em minha vida. Muito interessante!

Desde a semana passada estou fazendo um “tour” por alguns médicos (oftalmologista, agora um retinólogo -  nem sabia que isso existia! – clínico geral, exames mil do meu Brasil varonil) fora as intermináveis reuniões finais (que não acabam nunca!). Esta é a minha vida atual!

Nessas horas eu sinto muita falta dos meus pais, de algum irmão que não existe, de alguma família. Por sorte (e é por isso que eu acredito em Deus) eu tenho amigos. Em especial um que está me ajudando demais por aqui e um novo “amigo virtual” (tão real pra mim!) que está me dando uma força incrível para que eu possa remover essas pedrinhas chatas do meu caminho.



terça-feira, 20 de agosto de 2013

A Pedra de Roseta

Para quem não sabe (o que eu duvido) a Pedra de Roseta  é um fragmento de uma estela, uma coluna monolítica ou pedra destinada a inscrições, que poderiam ser governamentais ou religiosas, e era muito utilizada no antigo Egito. Seu nome é uma homenagem à cidade de Roseta, na província egípcia de Al-Buhaira, onde foi descoberta pelo exército de Napoleão, em 1799.

Sua importância não se refere ao conteúdo do que está escrito, mas à forma peculiar em que foram registrados os fatos: é um texto escrito em três línguas distintas... grego, hieróglifos  e demótico. Hieróglifos são escritos egípcios antigos, de difícil tradução e demótico é uma versão mais simples, popular dos hieróglifos. Estudiosos utilizaram o grego e o demótico, para traduzir os hieróglifos contidos na Pedra de Roseta, iniciando, assim, a possibilidade da revelação de milhares de anos de história do antigo Egito. Tá bom esse resumo, Foxx? (rs)

Vocês devem estar estranhando, né?! Calma, não to ficando louco! (rsrsrs) Vou tentar explicar. Voltando do trabalho, engarrafado no trânsito (coisa mais comum do mundo nessas horas aqui em Sampa!), aparece uma ligação. Adivinhe de quem era? Pois é, depois de algum tempinho, o “arquiteto” deu o ar da graça. Frases soltas, como está, o que tem feito, coisa e tal, e ele foi direto ao ponto. Não lembro exatamente tudo o que ele falou (eu não descuido da atenção no trânsito!), mas o resumo é: temos ou não chance de fazer nascer algo “mais sério”?

Foi então que, num rompante totalmente fora do meu “estilo de ser” (rs), expliquei calma e objetivamente que, entre nós, uma amizade talvez seja possível. Mais que isso... e foi nesse instante que veio à minha mente a história da Pedra de Roseta. Eu disse mais ou menos isso: alguns chamam de química... eu prefiro falar que todos nós temos nossa linguagem do coração, uma linguagem toda nossa, hermética, complicada e de difícil tradução, muitas vezes até para nós mesmos. E completei: eu não consigo traduzir a sua linguagem, da mesma forma que você não consegue traduzir a minha. Ele entendeu.

Logo que ele desligou, a minha seleção aleatória de músicas (ando desconfiado que tem “alguém” comandando essa aleatoriedade!) me brindou com essa do Jason Mraz. Vai ver que a minha Pedra de Roseta já foi descoberta por algum Champollion que, no caso, não é formado em arquitetura.


domingo, 18 de agosto de 2013

Algumas metas para 2014

1. Deixar que o ar fresco volte a circular pela minha casa. Reaprender a respirar.

2. Entender que só tenho uma vida. Interiorizar a ideia de que é preferível errar a não tentar.

3. Encontrar alguém que, dentre as suas metas, tenha a mim como uma delas. Reaprender a sonhar.

Essa número 3 é bem complicadinha, né! (rsrsrs) Mas acredito que, se eu alcançar as duas primeiras, certamente será bem mais fácil “atingir” a terceira!

Boa semana pra todos vocês!

sábado, 17 de agosto de 2013

Planejar é preciso, embora não seja preciso

Semana de revisão dos planos da empresa. Só por curiosidade (se é que alguém se interessa  rsrsrs): começamos revisando as metas para 5 anos. São as diretrizes de longo prazo. Depois começamos a “descer” e passamos a revisar as metas de médio prazo (2 e 3 anos). Quando o processo está completo, então iniciamos o planejamento propriamente dito (o Orçamento Anual para o ano seguinte, no caso, 2014) e nessa fase os detalhes passam a ser relevantes. Conseguem entender?

É tão interessante e vital para uma empresa todo esse processo que algumas vezes (inclusive essa semana mesmo) chego a me indagar se não deveríamos agir assim também em nossas vidas particulares. Não obviamente com toda essa metodologia tão sofisticada, mas sim em termos de proposta conceitual. O interessante num planejamento é que não se deve priorizar a “adivinhação” do futuro, prever o que irá acontecer. Lidamos com expectativas sempre. Então o que é fundamental é estarmos preparados para poder enfrentar grandes grupos de possibilidades de cenários. Em nossas vidas creio que não é diferente.

Pense um pouco: o que eu quero pra daqui a 5 anos? Daí eu faço uma “listinha” (rsrsrs). Então eu me pergunto: o que eu devo fazer pra alcançar esses objetivos? Outra lista. Tudo bem geral. E vou repetindo a pergunta para prazos mais curtos, até chegar ao próximo ano. Pode ser apenas um exercício mental, sem nada “formal”. Sabe que eu andei pensando nisso?! Um prodígio pra mim. Faz muito tempo que, no meu caso, funcionava a máxima “em casa de ferreiro, espeto...” (rsrsrs) Será que isso significa alguma coisa? Acho que sim.

Acabei de chegar de uma festinha em comemoração do aniversário de um amigo meu. Não bebi, tá certo! Porque eu estava com meu carro e não tinha ninguém que pudesse servir como meu motorista. Vai que algum de vocês possa imaginar que esse post é efeito de umas bebidinhas a mais, né!

PS: Notaram a ideia fundamental, que está escrita no título do post?


domingo, 11 de agosto de 2013

Meus tempos

Hoje, logo após o almoço, recebi uma ligação telefônica estranhíssima, da mãe dele! Depois que ele morreu, acho que essa é a terceira vez, em mais de 2 anos, que ela ligou. Aparentemente queria apenas saber como estou. Fomos totalmente formais. Perguntei de todos por lá, parece que tudo está na mesma. O pai dele um pouco doente, a irmã continua solteira e o irmão menor se casou. Será que ela queria falar outra coisa e eu, pela maneira fria com que a tratei, não dei espaço? Mas, não importa. Eles nunca esboçaram o menor gesto de carinho comigo, mesmo nos piores momentos. Sempre nos sentimos estranhos, uns aos outros, e não deve ser agora o tempo de nos aproximarmos. Isso jamais ocorrerá! Nem sinto a menor necessidade ou vontade disso.

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Eu preciso, urgentemente, arranjar alguma coisa pra fazer domingo à tarde! Vou ver se consigo trocar as tardes de domingo pelas das sextas, lá na empresa! Será que eles topariam? (rsrsrs) Brincadeira. Mas, eu me sinto perdido nessas horas. E, quando estou “de boa”, parece que sempre acontece alguma coisa pra me lembrar do passado. Pior que eu não gosto de sair sozinho pra ir ao cinema, ou mesmo fazer outro tipo de programa disponível aos domingos. Então, como já é (quase) de praxe, vou ouvir música, estatelado no sofá e... entro no meu baixo astral. E o meu dedo, pra escolher música, incrível, é um caso à parte! Não colabora um milímetro e lá vou eu me esfarelando ainda mais. Hoje o “culpado” (que pecado isso! esse cantor é um lindo!) foi o Brendan James.

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Se existe uma coisa boa nessa experiência de ter um blog é podermos conhecer pessoas bacanas e até fazer amizades. Pra mim isso tá sendo muito bom! E como diria um novo amigo que “ganhei” por aqui: dias melhores virão! Há que ter paciência. Espero muito que ele esteja certo. Deve estar, eu confio nele (rs). E, por falar nisso, vamos ver se eu já aprendi alguma coisa com ele. Em seus posts, depois de escrever lindamente (tá certo que eu não entendo nem 60% do que está ali   rsrsrs) ele sempre inclui algum texto bacana no final. Então, vou pedir a permissão dele pra incluir esse, que ele me mandou:

"... Às vezes tudo o que a gente precisa é de um pouco de paciência. As plantas crescem. No tempo delas, as plantas crescem. E não adianta amaldiçoar a pobre da planta para que ela cresça mais rápido, porque cada processo da natureza tem o seu próprio tempo. Você também tem. Respeite a sua velocidade. Respeite os seus sentimentos, respeite os seus tempos, respeite, sobretudo, o seu próprio processo de crescimento. E se ame. Imensamente...”

Será que ficou parecido com os posts dele? (rs) Ah, falta uma música. Vejam essa! Apesar de muito triste, é lindíssima!

Boa semana pra todos vocês!

sábado, 10 de agosto de 2013

Um plano que não aconteceu

Esta semana, talvez por amanhã ser o dia dos pais, eu li em vários lugares, artigos, reportagens, sobre o papel que os pais desempenham hoje, muito diferente do que foi no passado. O meu pai seguiu o “modelo tradicional”, acreditando que a função dele era manter a família. Não que ele não se interessasse por mim, mas nunca tivemos um relacionamento afetuoso. Talvez pela sua origem alemã, vai se saber. Ou talvez por eu sempre ter sido do tipo independente, nunca “dando trabalho” pra ele. Devem existir várias causas, que nem cabe aqui analisar.

Em minha história, numa certa fase (já depois de muitos anos de convivência com meu amor, de já estarmos morando juntos) chegamos a conversar sobre se havia a necessidade de termos filhos. Confesso que sempre tive vontade de ser pai. Mas esse assunto só apareceu entre a gente depois de muito tempo. E, por ironia da vida, quando já estávamos amadurecendo a ideia, veio a notícia da doença dele. E esse “plano” foi deixado de lado, embora, em muitas horas difíceis, durante o seu tratamento, eu tenha usado esse argumento (o nosso plano de ter pelo menos um filho) como mais uma forma para dar ânimo a ele. De fato parecia que dava um bom efeito.  Era sempre bom ter algum objetivo com que se apegar.

Em nosso plano uma coisa era certa: queríamos adotar. Não gosto muito da ideia de uma mãe de aluguel! E tem tanta criança precisando de um lar, precisando de carinho. Não faz muito sentido partir pra essa aventura de um filho biológico, além de tantas implicações que apenas conturbam um ato que deve ser o mais simples possível. Não deu tempo (tantas coisas não deram tempo!), não deu certo e, do ponto de vista atual, entendo que foi melhor assim. Imaginem hoje, eu sozinho, tendo que criar uma criança! Eu teria sérios problemas!

O interessante, que sinto hoje, é que o desejo não morre. Se eu for perguntar pro meu coração, ele responderá que sim, que eu gostaria de ter um filho. Mas a razão, com muita propriedade, diz que não. Acho que isso é uma das poucas coisas em que meu coração ouve e aceita o que a minha razão diz.   



segunda-feira, 5 de agosto de 2013

De braços abertos

Sexta-feira, como não poderia deixar de ser, foi um dia pesadíssimo! Logo cedo comuniquei sobre a demissão dos 2 funcionários. Achei que meio eles esperavam, aparentemente não houve surpresa. Ficaram tristes, é óbvio, mas sentiram que, do meu jeito, eu fiz algo muito bom por eles. Daqui a pouco eu conto.

Na parte da tarde, foi o império do silêncio. Muito complicado... os rapazes arrumando as coisas, passando as pendências para o supervisor, as despedidas. Eu tinha que fazer alguma coisa pra levantar o astral do povo, rapidinho. Essas coisas temos que resolver de pronto, para colocar nos trilhos, senão... Marquei uma reunião com todo mundo, supervisores, funcionários, estagiários, pra hoje logo cedo. Um outro gerente com quem conversei a respeito achou arriscado. Mas eu gosto de riscos e, novamente, acho que minha intuição estava correta.

Hoje cedo fomos para uma sala de treinamento (somos em 27, comigo), sentamos em círculo e a única questão que deixei para quem quisesse se manifestar foi: o que você está sentindo? No começo, timidamente, as meninas (como sempre, elas parecem ter mais coragem) esboçaram ideias que giravam em torno de tristeza, mas com entendimento. Aos poucos os supervisores (eu tenho 3) falaram sobre espírito de equipe (gosto muito disso). Ao final todos estavam se sentindo mais à vontade, inclusive os estagiários (eu tenho 3 também), que sempre são os que ficam com “um pé atrás” diante desses fatos. Ah, eu não havia comunicado que um deles seria efetivado. Achei que poderia ser interessante pegar todos, inclusive o “escolhido”, no “susto”. (rsrsrs)

Depois que todos já haviam se colocado, resolvi falar um pouco. Tomei fôlego, abri meu coração e deixei que as palavras saíssem seguindo os meus sentimentos. Comecei falando que eu havia conseguido encaixar os dois funcionários demitidos num programa de recolocação que temos com uma consultoria (é muito bacana isso e, como esse programa é destinado apenas aos supervisores e graus acima, eu batalhei junto com o controller pra poder estender a eles), depois, nem lembro direito, (rs) acho que devo ter falado alguma coisa tocante, pois o olhar deles parecia emocionado. No fim falei da efetivação do Leonardo, que quase teve um treco! (rsrsrs). Vocês nem podem imaginar a cena!

Ele ficou tão sem jeito, mas foi tão lindo que os outros 2 estagiários logo foram abraçá-lo. De repente, do nada, eles vieram pro meu lado e me abraçaram... nossa! Foi contagiante! Quando dei conta éramos um bloco de pessoas, todas abraçadas, eu no meio, formando um “corpo” único, unidos, sem palavras, num abraço. Eu tive que me segurar nem sei onde, pois já tinha gente querendo chorar. Olha, que catarse! Fomos o assunto do dia na empresa. (rsrsrs)

Ao escrever agora, fiquei pensando como é bonito e significativo um abraço. Ao abrirmos nossos braços pra acolher alguém, nos despojamos, nos desarmamos, fora o lance de deixar os corações se aproximarem. E como eu tenho recebido aqui muitos abraços de vocês, que nem me conhecem, e sempre tem palavras tão carinhosas comigo, resolvi, através dessa música (sempre que a ouço me emociono muito!), abrir os meus braços para todos vocês. Tenham certeza que eu desejo, para os sozinhos, que encontrem alguém e para os que já encontraram que saibam viver plenamente essa coisa tão linda que é se dar a uma pessoa.


domingo, 4 de agosto de 2013

Sexo e Amor

Domingão maravilhoso aqui em Sampa. Nem parece inverno! Acordei cedo, tomei café e fui andar no Parque Villa Lobos. É um parque bem bacana, menor que o Ibirapuera e com bem menos pessoas. O Ibira é impraticável nos fins de semana! E lá fui eu, todo “esportivo” (rsrs) shorts, tênis, boné (eu fico praticamente irreconhecível nesses “trajes”), caminhar. Não gosto de correr ou andar de bike, apenas caminhar. E foi numa trilha que vi um rapaz com seu cão. Uma beleeeeza... na verdade duas... o cão também era lindinho! (rs) Gente, o radar apitou bonito! Diminui a marcha, passei lentamente por ele. Não deu outra: a olhada que ele me deu, entregou! Aí juntou duas securas, a do tempo (tá seco pacas por aqui!) e a minha, e o tesão aflorou. Vocês entendem, né?!

Antes que vocês comecem a imaginar o que aconteceu, já entro com um “anticlímax”: não rolou nada, apenas uma paquera. Depois que passei por ele, mais à frente dei uma parada, deixei que ele me alcançasse, novamente ele me olhou “daquela forma”, mas não passou disso. Penso que, como eu não tomei a iniciativa, e ele sendo bem jovem (devia beirar os 20 e poucos anos), eu devo ter intimidado. Mais velho, mais alto, mais... essas coisas! (rs) Depois tomamos trilhas diferentes e não o vi mais. Fim. Que pobreza de história, né?! Mas serviu para eu pensar (às vezes acontece rsrs) sobre uma coisa que considero importante: sexo e amor.

Sem a menor pretensão de grandes voos conceituais, eu penso que, no sexo sem amor, o nosso “objeto” (no caso, a outra pessoa) é visto como o “complemento” do ato sexual. Explicando melhor e utilizando o que aconteceu hoje: eu vi o carinha e, imediatamente, aquela visão, o seu corpo, os seus “membros inferiores”, como diria o meu amigo Cocada (rsrsrs), despertaram um mim um desejo. Aquela bundinha arrebitada... nossa! Vontade de apalpar, de me encostar inteiro por ali! Aquele corpo me deu desejo. Imaginei automaticamente ele sem roupa e... nem preciso entrar em detalhes, né! Isso aqui é um blog de família (rsrsrsrsrs). A questão é: existiu um desejo em mim e aquele rapaz, naquele momento, era apenas uma via possível de materialização desse desejo. Entendem onde eu quero chegar?

Não estou querendo tecer algum julgamento que diminua o valor do sexo, do desejo. Longe de mim, que já agi muito assim na minha juventude. Acho super válido! Ajuda demais no nosso equilíbrio emocional. Eu apenas quero expor uma diferença, que eu penso existir, quando o mesmo ato sexual é feito com alguém que amamos realmente. E quando acontece o sexo com a pessoa que amamos, tudo se inverte: no sexo com amor o ato sexual é o complemento do nosso “objeto”! Aliás, esse objeto nem existe, pois o que temos em nossa frente é o sujeito que amamos.

O sexo é um prazer e se move pela busca. Eu busco o meu prazer em um outro, no seu corpo. Eu fiz isso inúmeras vezes. E, na maioria das vezes, foram experiências muito boas. Porém, quando eu estava com meu amor, vivendo a história mais linda que eu podia ter pedido a Deus, naqueles nossos momentos de sexo, o que eu procurava, sempre, era “dar” prazer a ele. Eu buscava nele o prazer dele! Eu amava ver o corpo dele tendo prazer! E, delícias das delícias, êxtase dos êxtases, maravilha das maravilhas... ele procurava a mesma coisa em mim! Aí, meu caros amigos, não existem palavras que cheguem minimamente perto de descrever o que sentíamos!


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

E ainda tem amanhã

Nossa, que semana! Parece que não termina! Esgotado mentalmente, precisando de umas 10 horas de sono! (rsrs) Tadinho de mim, ainda falta amanhã! Semana em que estou tendo que botar o “racional” pra funcionar no trabalho, mesmo sabendo que é quase impossível não deixar o emocional interferir nas decisões. Vou tentar contar, bem resumidinho, pra não cansar a paciência de vocês.

Era bem previsível, segundo semestre, planejamento em ação e surge a velha questão dos ganhos de produtividade, corte de despesas, adequações, etc. E sou eu, justamente, o “controlador” dessas questões na empresa. Mais de 2 meses de projeções, análises (um inferno!) e vamos para o “task” necessário: 20%. Aprovado pela diretoria (que, como é óbvio, queria “salgar” um pouco mais, quem sabe 30%... uma luta pra evitar isso!) e como a pimenta não é prerrogativa apenas dos outros, eu tive que experimentar o seu gosto.

Existem vários métodos, nem vou discorrer aqui, não vale a pena. Pra simplificar: se optamos por cortar salários maiores (o que implica em funcionários mais velhos), menos “cabeças têm que rolar”. Se formos na “base”, mais pessoas... bem simples isso. O problema sobra pra quem fica: como continuar desempenhando, com a mesma eficiência, os mesmos trabalhos, com menos pessoas? Nessas horas eu penso que só o racional deve funcionar. Sei que parece duro, desumano, mas não tem jeito melhor.

A empresa em que trabalho é muito boa em termos de plano de carreira. E isso é um bom diferencial, temos que admitir. Sempre se tenta valorizar a meritocracia, sem os excessos de uma concorrência exacerbada entre as pessoas. Todo ano nós, gerentes, fazemos um processo de avaliação de cada funcionário, que é discutido individualmente, analisado, até que se chegue a um consenso. Acho que isso funciona como um bom sinalizador! E, mesmo assim, parece que algumas pessoas não enxergam. Eu, por minha conta, faço uma análise intermediária, no fim do 1º semestre, como forma de sinalizar mais contundentemente como o trabalho de cada um está sendo visto, avaliado. Enfim, eu prezo por demais a transparência na relação “chefe/subordinado” (já falei que detesto a palavra chefe?), o “jogo limpo”.

Existe um fato, que é cruel, reconheço: um analista cuja idade começa a passar dos 40 anos e ainda continua analista, nesse “mercado corporativo”, esse fato já denota algum problema. Nessa faixa de idade, se a empresa sabe valorizar os méritos, era pra essa pessoa já ter se tornado no mínimo supervisor. Pelo menos comigo funciona assim. Eu já indiquei muitos funcionários meus, que começaram comigo como estagiários, e hoje já são até chefes de departamento. Além do que eu sempre gostei de trabalhar com estagiários... são jovens que em geral tem ainda a “vontade” de progredir, a garra pra aprender e muito a nos ensinar, bastando que queiramos ouvir.

Conclusão: resolvi dispensar 2 dos meus analistas mais antigos e admitir um dos estagiários. Foi a minha razão que falou mais alto. Vocês nem podem imaginar o quanto é difícil fazer isso! Essas 2 pessoas trabalham comigo há mais de 5 anos. No começo (vieram transferidos de outro departamento, promovidos) eles demonstravam que podiam progredir ainda mais comigo. São 2 pessoas muito legais, cumpridores de suas tarefas, honestos. Porém (esses poréns é que matam!) são do tipo “reativos”, nunca procuraram apresentar algo novo, mesmo que esse novo não tivesse tanta relevância. Eu gosto demais de gente “proativa”! Pessoas que não tem medo de mudar, de tentar enxergar os problemas por outro ângulo, gente que propõe novas soluções, mesmo que essas soluções não deem certo.

O que pesa (e isso é que desgasta o meu emocional) é que os 2 são casados, tem família que depende deles... é um verdadeiro martírio isso! A outra solução que eu poderia optar implicaria na dispensa de 4 funcionários mais novos, fora que não daria pra eu efetivar o estagiário. Racionalmente... não tem como! Enfim, se fiz errado, que o universo me perdoe! Eu fiz e assumo que fiz assim apenas pensando friamente em como será o futuro de quem continua comigo nessa caminhada.

Que post chato, né?! Que assunto do cacete! Mas é isso que, hoje, eu tenho pra contar. Amanhã... bem, amanhã será o desfecho de tudo!