segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Sobre comentários

Eu estou tão relapso com meu bloguinho! Não apenas com ele, mas principalmente com todos vocês que passam por aqui, sempre com palavras de carinho e de incentivo. As coisas continuam embaralhadas na minha vida, não consegui arranjar uns dias de férias (quem sabe no próximo mês, ou no final do ano!), ainda às voltas com alguns problemas de saúde. Tratando de me estabilizar, vou sobrevivendo...

Não sei se já falei, mas essa experiência de ter um blog me trouxe uma sensação que eu não acreditava existir. Mesmo sem conseguir defini-la corretamente, é uma sensação que surge ao ler os comentários que vocês deixam por aqui. Generosidade? Disposição para escutar? Vontade de compartilhar um momento, com o único intuito de nos dirigir, mais que palavras, energias positivas? E nem importa se é uma linha, ou se são várias. Ou se as palavras querem brincar, ou construir uma crítica. Nada importa, diante do fato de alguém, que não nos conhece, reservar um tempo que é seu para se predispor a estar em nossa sintonia. Eu acho isso tão importante! Vocês nem podem imaginar quanto! Até mais do que o fato de eu ter escrito, que só depende da minha vontade. É maravilhoso!

Isso posto (rs), imaginem o que eu senti hoje ao abrir o email do blog e me deparar com mais de 30 mensagens de alguém que se predispôs a ler, meticulosamente, todos os posts do meu blog! Na hora fiquei até um pouco estático. Isso existe? Tamanha generosidade e disposição de ler e comentar o que alguém que não conhecemos escreveu! Então, resolvi percorrer também, tudo o que já escrevi, post por post, todos os comentários. Como descrever o sentimento que se instalou em mim ao ter “em minha frente” alguém de tamanho espírito de doação, com o único objetivo de me “ouvir” por algum tempo?! E, em todos os seus comentários, eu aprendendo um pouco mais de mim mesmo. Não encontro palavras que possam descrever o que eu senti.

Eu sempre digo que valorizo demais os pequenos fatos da vida. Por mais simples que sejam, eles são os que conseguem, num trabalho de formiguinha, nos impulsionar, nos mover, nos retirar de momentos de estagnação. Quanto vale um “Bom dia!”, acompanhado de um sorriso sincero no rosto? Quanto vale um comentário como esse: “Difícil enxergar ‘um sujeito pleno’, quando na verdade todos nós só temos acesso a recortes, fragmentos. É o nosso jeito de nos mostrar para o mundo e perceber o mundo: nos reduzimos e reduzimos as coisas de sua complexidade e transformamos cada um desses universos em objetos...”

Concordo plenamente! Somos um amontoado de recortes, de pequenos pedaços de história. Em alguns pedaços somos felizes, em outros nem tanto. Ninguém é pleno e, talvez, nem é suposto sermos, posto que a vida perderia a graça se, em algum momento, houvéssemos alcançado a plenitude. Porém eu penso que pode existir um fio que dê coesão aos fragmentos do mundo que somos, restaurando, mesmo que por um breve momento, a complexidade primordial e inalcançável. Talvez o nome desse fio seja solidariedade. Talvez seja compaixão. Talvez afeto desinteressado. Importa o nome?

Obrigado a todos vocês que me acompanham. Obrigado, Leão





sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Desabafo

Duas questões que povoaram a minha cabeça essa semana. A primeira: de como eu lido com o quesito “problemas de saúde”. Quem conhece um pouco da minha história, lendo por aqui, deve saber que, há alguns anos, eu enfrentei com meu amor uma barra pesadíssima. Eu vivi situações, sinceramente, que eu não gostaria que ninguém vivesse. Acompanhar, dia a dia, o esvair-se de uma vida não é tarefa muito simples. Foram quase 2 anos, desde o primeiro diagnóstico, até o fim de tudo. E mesmo que eu fraquejasse por vezes, parecia que, a cada novo solavanco, surgiam em mim novas forças, muitas das quais vinham da própria esperança que ele tinha em nem sei o que.

Eu me acreditava forte. Sofri muito, uma dor que parecia esgarçar todos os cantos da alma, corroendo, dia a dia, um sonho que foi construído e vivido com tudo o de melhor que a vida havia me dado. A sensação era como se, durante anos eu tivesse construído um belíssimo castelo, com todos os requintes, detalhes e, a partir de um certo ponto, eu começasse a ver o castelo sendo demolido, lenta e regularmente, tijolo por tijolo, portas, janelas... Mas, eu assistia a tudo e, ainda assim, me sentia forte.

Quando, recentemente, comecei a ter alguns problemas com a minha saúde, eu me senti fraco pela primeira vez na vida. Uma sensação de impotência tão grande que me assustou. Eu pensei: então, quando o problema é comigo eu sou diferente. A minha angústia me dizia, eu pensei, que eu poderia ser “pau pra toda obra” desde que a obra estivesse fora de mim. Porque quando é comigo... Talvez os leitores mais atentos devam ter percebido, pelos posts anteriores, que eu não sei lidar com os problemas quando eu sou a “bola da vez”.

Três parágrafos e eu ainda não cheguei ao cerne da questão (rsrsrs). O fato é que, essa semana uma pessoa muito querida teve que enfrentar um problema de saúde. Infinitamente menor que o que acometeu o meu amor, anos atrás. Pois bem, no dia em que ele sofreu uma intervenção, nesse dia eu fiquei total e absolutamente atordoado! Até eu receber a primeira notícia de que tudo havia corrido bem (e isso foi no final da tarde) eu passei o dia me entupindo de café, meio abobado, a ponto das pessoas que trabalham comigo virem me perguntar se eu estava bem. E só existia uma frase que martelava a minha cabeça ininterruptamente: eu não sei se aguentaria tudo novamente!

A segunda questão: passado esse momento susto/bobeira/criancice (rsrsrs), me deparei com esse vídeo. Quem me conhece um pouco (hoje já repeti isso várias vezes... devo estar carente, precisando de alguém que me entenda!   rsrsrs) sabe que eu sou um “romântico à moda antiga”... do tipo que ainda manda flores... e gosta demais de receber também! Porém, eu acreditava que, com o avanço da idade, adentrando a maturidade (como detesto essa palavra! rs), os arroubos românticos deixariam de ter a leveza da juventude, passando a se tornarem patéticos. Ao ver esse vídeo, senhores, a minha sorte foi que a porta da minha sala estava fechada. Senão ia ter gente providenciando algum lencinho urgentemente pra mim.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Flores



Existe coisa melhor do que, ao chegar em casa, absolutamente em frangalhos, um calor absurdo, um clima de deserto de tão seco e... receber flores?! É ou não pra sentir que (apesar de tudo, de todos os problemas, de toda correria, de todas as rasteiras) basta um gesto de carinho, e tudo muda de cor, tudo se transforma em calmaria...

Eu continuo enrolado no trabalho, enrolado comigo mesmo, com meus problemas. Sei que não estou dando atenção às pessoas que passam por aqui, que escrevem pra mim, que só tem palavras de carinho comigo. Eu sei. A minha esperança é que tudo isso sossegue, mesmo que eu tenha que tirar férias (já estou “dialogando” com a chefia... rs), para eu poder retomar a vida em minhas mãos. Vamos ver se nesse fim de semana eu consigo, ao menos, ficar em casa, sem precisar fazer nada. Nos últimos, eu só vivi por conta de exames, do trabalho e da bondade dos amigos. Santos amigos! O que seria de mim sem eles...

Fiquei com uma vontade tão grande de dançar! (rsrsrs) Será que alguém se habilitaria?


terça-feira, 3 de setembro de 2013

Sem assunto

Ou melhor, tem, mas é muito chato! Detesto falar dos meus problemas de saúde. Desânimo. Essa é a palavra. Mas não vou aborrecer vocês com isso. Pode ser efeito do “tarjinha” que ando tomando. Detesto isso também! Vou me livrar o quanto antes. De que vale dormir direito e passar o dia com um vazio enorme na cabeça?

Nos dois últimos fins de semana dei um trabalho enorme para um amigão, que me serviu de babá. Como é difícil lidar com essa coisa de exames oculares! Além do que eu detesto dar trabalho pras pessoas (o terceiro “detesto” de hoje!), mesmo sabendo que, no caso dele, os cuidados comigo são sinceros e de coração. Eu sei disso e, mais importante, ele também sabe que, a qualquer hora que precisar, estarei totalmente à disposição.

E o tempo, depois de um veranico nos últimos dias, virou. Chuva fina de São Paulo. Mais um inferno me aguarda no fim do dia, quando eu irei ao clínico levar os exames de sangue. Pra fechar: eu detesto médico! (rs) Bem que eles podiam nos ver em momentos mais alegres!