quinta-feira, 14 de maio de 2015

4,2



Dois anos com esse espaço; quatro anos que você se foi... hoje eu quero conversar com você, diretamente com você, meu amor, meu grande, verdadeiro e único amor.

Quando eu abri esse espaço, quando eu me senti capaz de abrir esse espaço, foi para escrever sobre a gente, sobre as coisas boas e ruins por que passamos, tudo o que sentimos durante o tempo que vivemos nosso amor. E foi também uma forma de, registrando, estar próximo a você. Você, constante presença durante os dias mais felizes da minha vida. Você, que não tive coragem de ver naquele dia, nosso último dia, tão carregado de tristeza. Você, cujas cinzas (não tive forças para exigir nada) me foram negadas! Vivemos, sonhamos, amamos, lutamos, fomos um do outro e, no final, senti como se o universo houvesse arrancado você de mim, como um castigo despropositado. Eu me senti tão inútil nos dias que vieram depois! Um depois sem cara de futuro, um depois que não possuía um depois!

Foram dias onde eu tentava disfarçar o espaço a mais na mesa, afastando uma cadeira, como se você tivesse viajado. Quando sempre sobrava algum alimento à mesa, pois eu, inadvertidamente, não havia reduzido as porções servidas. Ou quando meus braços, desajeitados, sentiam a falta dos seus a impedir meus movimentos mais amplos. Ou quando, mergulhado nas sombras, eu fazia alguma pergunta a você, esperando uma resposta que jamais chegava. Eu tinha tantas perguntas! Eu queria tanto que você pudesse, nem que fosse pela minha imaginação, dar aquele sorriso lindo por achar que eu me preocupava demais com tudo! Você não faz ideia do vazio que eu sentia!

De um jeito torto, ou inconsciente da minha parte, eu fiz desse espaço o seu túmulo, aquele que não existe na realidade. E que, talvez por isso, me fizesse tanta falta. Não um túmulo que fosse um monumento de pedras frias, mas que fosse um lugar, como nosso cantinho, como nosso quarto, onde eu pudesse sentir um pouco mais de você sempre que a saudade me sufocasse demais. E onde eu pudesse ressentir as nossas alegrias. E onde eu pudesse (e como doía cada vez que acontecia!) chorar, para além das nossas tristezas vividas, a minha integral sensação de tê-lo perdido.

Em vida fomos uma ilha que nos bastava, tornada sem sentido, desabitada após sua partida. E foi como um resto de ilha que, lentamente, voltei a caminhar. No início, de forma tímida, como alguém que precisava aprender a caminhar novamente. Muitos me apoiaram nesse processo, inclusive você, tenho certeza! Aos poucos eu passei a entender que, de forma indelével, você era parte de mim, que você morava em mim. Eu percebi que essa consciência de ter você em mim nunca havia me abandonado. Nunca, nem ninguém, em tempo algum, conseguirá me furtar de tê-lo como eterno morador no meu coração. Então, não há resto, mas sim uma ilha que necessita abrir-se, novamente, a novos mares e continentes.

Nesses dias, que alternam desafios e esperanças, venho amadurecendo uma ideia: a de deixar pra trás esse espaço. Provavelmente não será tarefa das mais fáceis. Há alguns dias ouvi essa música. Se eu pudesse, se eu tivesse a capacidade de escrever algo que exprimisse os meus sentimentos, agora que essa ideia de “ir embora” toma conta dos meus pensamentos, seria exatamente como a letra dessa canção. Então, meu amor, minha vida, que repousa em mim, é com ela que me despeço daqui. Sei que você entenderá. Mais do que ninguém no mundo, você, eu, nós entendemos. Um dia (assim espero!) estaremos juntos novamente...

PS: A todos que me acompanharam nesses dois anos, quero expressar o meu grande orgulho, a minha mais profunda gratidão por, sempre, em todas as circunstâncias, terem me apoiado com palavras de carinho, de aconchego e de força (mesmo nas broncas). Aprendi muito sobre mim com vocês. É muito provável que não voltarei mais por aqui. E, se alguém ainda quiser, ainda tiver paciência para estar em contato comigo, eu estarei em outro espaço... será uma honra poder continuar com vocês por lá!  


domingo, 3 de maio de 2015

Diferente



Um dia você se dá conta que, aquele livro tão estimado, não passa de mais um livro na estante. E você se dá conta que aquela música, que fazia com que você voasse em pensamentos, perdeu o encanto. E você se dá conta que não quer sair num domingo ensolarado, pela manhã. E você se dá conta que foi dormir mais tarde, bem tarde, mas não está cansado. E você se dá conta que certas lembranças perderam o poder de fazer lembrar. E você se dá conta que alguns detalhes, outrora capazes de lhe arremessar a uma imensidão de sentimentos, não passam de detalhes, ora quase imperceptíveis. Você se dá conta que tudo, de certa forma, está diferente.

Se existir um tempo, um lapso de tempo, entre o passado e o futuro, mas que não seja o presente, devo, hoje, habitá-lo, mesmo sem tê-lo consciente. Umbral de quem ainda vive, tela inacabada de algum pintor famoso, receita sofisticada, embora pareça embatumada? Terra de transição! Barco à deriva, embora tendo clareza da existência de um porto. Um porto bem próximo, distante apenas de um comando, da decisão de ancorar.

Eram muitos ontem aqui, muitos amigos; na verdade, todos. E, por alguma razão inexplicável, todos também pareciam diferentes. Todos me trataram de forma diferente. Não me senti estranho, pelo contrário; e mesmo que a sensação fosse como ser outro, estar em outro lugar, eu sabia, intimamente, que era o meu lugar, e eu era quem sou. Foi algo como uma realidade inexplorada, talvez. Como é difícil definir em palavras!

E quando todos se foram, bem tarde, madrugada adentro, sem pensar, possivelmente seguindo os instintos, eu pedi que ele ficasse. Meu Deus, quantas vezes, tantas vezes, milhares de vezes, circunstâncias tão semelhantes, eu também pedi... mas ontem, não sei, foi diferente! E ele também percebeu. Ele me olhou diferente. Eu vi seus olhos... tão diferentes!




quinta-feira, 30 de abril de 2015

Mantra

eu preciso mudar. eu preciso mudar. eu preciso mudar. eu preciso mudar. eu preciso mudar. eu preciso mudar. eu preciso mudar. eu vou mudar. eu preciso mudar. eu preciso mudar. eu preciso mudar. eu preciso mudar. eu preciso mudar. eu preciso mudar. eu preciso mudar. eu vou mudar. eu preciso mudar. eu preciso mudar. eu preciso mudar. eu preciso mudar. eu preciso mudar. eu preciso mudar. eu preciso mudar. eu vou mudar!

Here I am...


quinta-feira, 23 de abril de 2015

Vida

Dobro uma esquina, atravesso a rua. Os carros param. Ando e não reconheço os lugares, as pessoas. Nenhuma lembrança, ou saudade. Um lugar que evocasse a vida em mim, pessoas sem impessoalidade. Como o garçom atrapalhado da lanchonete perto de casa, que sempre pisca os olhos quando percebe que errou. Ou a moça do caixa da farmácia da rua detrás, sempre muito simpática, parecendo querer adivinhar pra que serve aquele remédio. Sabe aquela lanchonete, até um pouco caída, mas que tem um expresso, pronto a pausar suas dúvidas existenciais? Então, aqui não tem! Aliás, nem café com gosto de café tem. Ou será que me falta descobrir?

As pessoas até são gentis, atenciosas. Mas, falta algo. Talvez seja culpa da minha sensação de não pertencimento. Talvez a cidade mesma, que insiste em não ser minha. Quem sabe daqui a um mês, dois. Quem sabe um dia.

“As the cheerless towns pass my window
I can see a washed out moon through the fog
And then a voice inside my head breaks the analogue
And says:
Follow me down to the valley below, you know
Moonlight is bleeding from out of your soul…”


sexta-feira, 17 de abril de 2015

Vida Mansa

Boa semana pra pensar: trabalho tranquilo, pouco com que me preocupar, sem a presença paternalista do Claudio, começo a voltar a ser, a me ver independente. Segunda-feira tenho consulta; quem sabe, internação. Faço tudo sem causar alarde; será essencial pra testar até onde eu consigo “me virar”. Qualquer coisa, grito pra alguém daqui mesmo. Mas, só em último caso, algo como se for pra ditar meu testamento! (rs) Exagerando... deve ser falta de agitação. Vida mansa cansa, como diria minha mãe!

Convite para fim de semana em família. A do chefe. Será que encaro? Boas comidas, bons drinks, mordomias, sol, céu e mar. Tentado a ir. Boa oportunidade para solicitar mais tarefas, mais responsabilidade, mais “carga pesada”! (Olha a do cara!... comentário que até eu faria, se não estivesse tão fed up da vida). Possivelmente ele não resistirá a meus apelos.

Parágrafo dos precisos: preciso (urgentemente!) alugar um ap. Esse negócio de ficar alojado, num espaço que não tem a minha cara, com estranhos mexendo nas coisas, só serve para poucos dias. Se for para durar mais, que ao menos tenha jeito de lar (mais, menos, barroco isso! rs). Preciso escrever para algumas pessoas. Só não sei bem o que, como; preciso “bater” uma vídeo com o pessoal lá do escritório em Sampa; preciso dormir na minha cama, com o meu travesseiro, com o meu edredom azul (já esfriou por aí?), depois de um belo e longo banho (já regularizou a falta de água por aí?) na minha ducha; preciso tomar jeito!

Não sei se pela calmaria, ou se por algum saudosismo reprimido, passei a tarde (notaram? a tarde... livre! isso não dá certo!) ouvindo Porcupine Tree... meu lado roqueiro aflorado (rs). Essa banda fez parte da minha pré-história (pré-Zeca, que, aliás, a odiava!). Deu vontade de ouvir, alguém consegue explicar? Rock lindão, letras pesadonas. “O pulso ainda pulsa...”


domingo, 12 de abril de 2015

Amar é...

Já disseram que estar apaixonado é como mergulhar num lago turvo, do qual não conhecemos a profundidade. Há sempre o perigo de um lago tão raso, capaz inclusive de provocar alguma lesão física no intrépido mergulhador. Como a paixão se delineia poderosa, a ponto de tornar possível escolhas radicais, a maioria dos apaixonados vive, de certa forma, um drama interior, onde os limites do razoável tornam-se muito tênues. Se assim for (não sou especialista no assunto), posso dizer que nunca fui apaixonado por alguém!

Certa vez me perguntaram sobre quando eu teria sentido nascer a paixão pelo Zeca. Eu respondi dizendo que o meu sentimento para com ele era tão libertador que não deveria ser chamado de paixão. Para mim a paixão sempre teve um significado de prisão, tanto em relação aos instintos, quanto à necessidade, sempre urgente, da presença do outro. Ao meu sentimento por ele eu sempre chamei amor. Desde os primeiros contatos, o desenvolvimento do conhecer-se mutuamente e mesmo com relação à necessidade da presença física, nunca a razão se sentia subjugada. Sei (e entendo) que o amor dito romântico é um fenômeno historicamente determinado, por todo um processo blá-blá-blá... (rs) Até concordo com isso, em tese. Porém, por meu entendimento, não conheço outra forma mais adequada pra nominar o amor que eu senti.

Foi um “acender de luzinhas” à primeira vista? Foi! Mas que não me levou a nenhuma loucura tresloucada e fora de propósito. Teve a sensação do “pra sempre”? Teve! Mas foi algo que se construiu, lentamente, à medida que conseguíamos nos conhecer cada vez mais, “mergulhando” mais fundo a cada novo dia de convivência, enquanto, passo a passo, nos sentíamos confiantes o suficiente para uma entrega mais ampla. Creio que só essa maneira de amar consegue resistir ao tempo, ao fastio do cotidiano (queiramos, ou não, as rotinas são nada “amorosas”) e, principalmente, nos leva a compreender e superar as dificuldades (não gosto da palavra defeito) inerentes a cada um de nós. 

Acho que já escrevi sobre como “encaro” o sexo, esse prazer que se move pela busca, num outro, no corpo de um outro, o prazer que pertence ao “eu” da relação. Quando conheci o amor ocorreu uma mudança (sem que eu me desse conta) nessa minha busca. Eu percebi que, quanto mais prazer eu proporcionasse a ele, quanto mais eu buscasse o prazer dele “nele”, mais meu prazer era completo e extasiante! Mesmo porque eu sentia que ele buscava o mesmo em mim, ao procurar o seu prazer. Essa “descoberta” aconteceu do nada, como num passe de mágica? Não! Creio que ela também foi parte da construção que descrevi acima. E, o que sempre me pareceu mais intrigante, ela foi sendo feita exatamente pela desconstrução de todas as nossas projeções e idealizações de um no outro! E foi a rotina, os pequenos fatos de nossa história juntos, os responsáveis pela edificação desse amar, dessa vontade de dividir experiências, desse permitir que participássemos, um da vida do outro.

Não tenho a pretensão (nem tenho qualificação para isso) de analisar academicamente sobre esses assuntos. Escrevo sobre minhas experiências, sobre como penso. Quando eu digo que sou romântico é assim que me percebo. E isso não tem a ver com contos de fada, estórias de príncipes, ou coisas do gênero. (rs) E, por que voltei a esse tema hoje? Talvez porque algo me esteja “incomodando”. Algo como uma possibilidade de vivenciar outra experiência, outra construção, que me force, de certa forma, a descobrir uma nova faceta de algo que também pudesse ser chamado de amor. Como estou me sentindo? Com medo...

“It's the first day of spring
My life is starting over again
Well the trees grow, the river flows
And it's water will wash away my sin…”

(Por essa música eu sou apaixonado…)


quinta-feira, 9 de abril de 2015

Vida Que Segue

Ontem ele foi embora. Depois desse tempo todo em que esteve comigo, tendo sempre uma paciência quase infinita (reconheço que fico – ou será que sou? – um ser absolutamente chato quando tenho algum problema físico!), foi tão estranho voltar sozinho pra “casa”. Eu tenho uma grande dificuldade para me ajeitar em um lugar que não seja “meu”... além do que eu já havia me acostumado a ter alguém com quem conversar, tomar um café, um chá, antes de dormir... além do que... isso tá parecendo o muro das lamentações (rs). 

Demorei pra dormir, quase me atrasei para acordar, o trabalho não rendeu. Aliás, está sendo muito difícil esse ritmo lento por aqui, as pessoas parecem não querer me sobrecarregar. Praticamente tudo já chega sem grandes problemas, quase sempre com a necessidade apenas de aprovação, com raros retoques. Entro e saio no horário, sem correria. Sei não, mas acho que não fui feito para esse tipo de maré mansa. Dois parágrafos e continuo reclamando! Chega de mimimi...

No aeroporto, na hora do embarque, ele apenas disse: me dá um abraço? Não sei o que senti. Um pouco de tristeza, um pouco de vontade de querer que ele não fosse. Sei que ele suspendeu a própria vida, seu trabalho, deixou tudo pra ficar comigo. Sou grato por isso. Mas, o que senti vai um pouco além. Devo estar procurando o sentido desse meu sentir, o sentido da minha vida. Há algum tempo atrás eu não hesitaria em dar força pra que ele voltasse a se dedicar mais à sua própria vida. Hoje, não sei o que pensar. Eu queria ter falado alguma coisa, eu tinha (tenho) muita coisa pra falar. Na hora não saiu nada, além do abraço apertado. Foi diferente aquele abraço.

Sábado, um pouco antes de irmos pra cama, ele, pela milionésima vez, disse que gostava muito de mim e queria que eu tivesse certeza que sempre, em qualquer hipótese, eu poderia contar com ele. Engraçado, eu achei que ele estava mais forte, mais sereno... nossa, como estou atrapalhado pra descrever o que ando sentindo! A gente se conhece há 20 anos, confiamos cegamente um no outro, temos uma relação absolutamente franca e aberta. Mesmo assim, eu sinto algo diferente nele. Será que ele amadureceu mais que eu nesses últimos tempos? Será que estou com algum remorso por saber do seu sentimento por mim e, durante esses anos todos, especialmente agora, ainda não ter dado uma chance? Será que eu o faço sofrer?

Hora de ir pra cama, que amanhã é um novo dia...

“Dusk trims the sound from the fading day
To the whispering banks
And what the summer frogs say
We know this river in different ways
But we love it the same, we love it the same
We need it the same, I think I need it more every day…”


quinta-feira, 2 de abril de 2015

Round and Round and Round

Quase quatro meses, que mais pareceram quatro anos. Um ritmo tão absurdo, sucessão de fatos, ora angustiantes, ora a exigir uma infinita paciência. Devo ter envelhecido quatro anos também. Talvez agora, amortecido, tenha chegado o momento certo de refletir sobre tudo isso. Mesmo que não me reste leitores, abandonados pelo meu descaso, me fará bem escrever novamente por aqui.

2015 começou de uma forma nada boa. Depois de todo um tratamento desgastante, o problema com meus olhos retornou. A perspectiva era ter que iniciar com novas baterias de tortura. Resolvi ouvir outras opiniões e parti pra Miami. Quase um voltar à estaca zero. Prognóstico nada agradável, mas que resolvi enfrentar. Uma cirurgia bem delicada, mas que, hoje sei, valeu toda desesperança sentida naqueles dias de janeiro e fevereiro. E que, se não fossem meus amigos, eu não teria a menor condição de enfrentar sozinho! Amigos... eis uma dádiva que jamais cansarei de agradecer à providência por tê-los sempre disponíveis nas piores horas e situações.

Entretanto a luta ainda não terminou, ao menos é assim que enxergo. E como viver na ponte aérea GRU/MIA era algo fora de cogitação, resolvemos (e novamente os amigos, principalmente meu chefe, foram fundamentais), meio que dando nó em pingo d’água (rs), que o melhor seria que eu passasse uma temporada por aqui. Desistindo de tentar controlar e planejar a minha vida... tão paradoxal isso! Aos poucos irei me apropriando novamente desse espaço, que me fez muita falta nos últimos tempos. Por enquanto ficarei apenas nesse nada triunfal retorno.

Gostaria de deixar registrada uma gratidão infinita a um amigo de longa, longuíssima data, que me acompanhou e vivenciou mais toda essa fase conturbada da minha vida. Não é a primeira vez que ele me suporta (no sentido de dar sustentação!), estendendo suas mãos de tal forma que a única palavra que vem à minha mente é: sorte! Tenho muita sorte de poder contar com uma amizade que transborda em tamanha generosidade.

Dizem que o amor, com o passar dos anos, se transmuta em amizade. Começo a crer que sim, que uma amizade tão grandiosa deve conter em seu âmago algo como o amor.

“Wait… wait with me for just a while
When the water in me dries
Stay… stay with me all afternoon
When the spirit in me moves…”