segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

De natais, olhos, maçãs e pardais

Essa época do ano é tão complicada para mim. Nem é preciso explicar, eu penso. Foram tantos natais de sonho, um mais lindo que o outro, sempre um mais iluminado que o outro, novas luzes que surgiam, sempre esplêndidas. Depois, veio o império da escuridão. Não gosto de pensar o terror que senti em 2011. Ano passado, acho que fiquei anestesiado. Pouco lembro, fora a saudade que continuava. Esse ano, pensei: vai ser diferente!

Que tal construir algo novo, inusitado (ao menos pra mim)? Conhecer pessoas novas, ficar com mais gente, em um lugar diferente. Seria bom, pensei. Isso já em outubro! Mania de planejar tudo com muita antecipação! (rs) Foi então que o universo (o senhor, hein! não tinha outra hora pra brincar comigo?!) resolveu me ensinar algo novo. O mais dramático é que ainda não entendi as regras desse novo jogo? Será que não me é permitido recomeçar? A sorte (ao menos pra mim) é que não acredito em certas bobagens. Dureza esse negócio de aprender a jogar, com o jogo se desenrolando celeremente! Não gosto muito disso! Ou talvez seja essa a lição? Aprender que podemos planejar muitas coisas... menos a essencial: nossa vida orgânica, funcional, real, objetivamente real e implacável! Pode ser. Lição dura essa!

Resumindo (e traduzindo, que não sou muito bom pra escrever post enigmático... rs): estou fazendo um tratamento nos meus olhos. E como eu gosto de ser sempre “o diferente”, é um para cada olho. O direito vem sendo submetido a uma sucessão (interminável!) de laser. E que, até o presente momento, não sei o que irá resultar. O esquerdo (mais lerdinho, como sempre) iniciou semana passada, no melhor estilo “injeção intravítrea” (não queiram imaginar o que é isso!). São dois tipos de tortura que ainda não entendi se foram inventadas por algum médico nazista (furioso com a derrocada do 3º Reich!), ou se por meticulosos agentes do Hezbollah, querendo vingança por todas as derrotas impostas por Israel. Por favor! Só pra dar uma pálida ideia, acabei de chegar do médico agora, que já marcou pra “me ver” na próxima quinta (aliás, nossos encontros são às quintas... e só não rola um “ménage”, pois o Claudio tem aflição! rs). E, na sexta, tenho outro encontro, com outro médico, que, se bobear, passa a ser exclusivo do olho direito! Haja especialização!

Mas, chega de lamentação! Graças a Deus pude constatar que tenho amigos muito queridos, que estão me dando todo suporte. E, como até já mencionei aqui, um em especial, o Claudio, praticamente um coparticipante de todas as minhas aventuras e desventuras. Tirando as tarefas culinárias (onde ele é um zero absoluto!), em momento algum ele deixou de estar ao meu lado, no sentido exato da palavra. Eu valorizo demais isso! Ontem à noite estávamos conversando e ele me perguntou o que eu gostaria de ganhar no natal. Eu disse, com a mais absoluta sinceridade, que o meu presente eu estou ganhando desde outubro. Não existe nada mais precioso do que isso. Depois, comentando como eu “planejava” (que vício, né!) passar o meu natal, com a geladeira bem abastecida de boas comidas, bons vinhos (tudo comprado pronto! rs), sozinho, no meu canto, apenas pensando em nada, eu perguntei o que ele gostaria de ganhar. E ele me disse: “a única coisa que eu gostaria é estar, pode ser até bem quietinho, do seu lado, apenas vendo o tempo passar...” Gente, pode isso?! Tem como?! Impossível, né!

Meu único receio é “baixar o meu astral”, em plena noite de natal, e deixar o Claudio sem ação. Vou passar essa semana ouvindo todas as músicas que lembrem a minha história, os meus natais ao lado do meu amor e, se possível, chorar tudo o que tenho direito, até esgotar o meu estoque de tristeza. Comecei hoje mesmo com “Guillemots”. Já perdi a conta das vezes em que ouvi essa música. Um dos versos que me mata: “... É aqui que os nossos corpos deixam de cantar, (como) maçãs caídas no chão, bicadas por pardais...” Demais isso!

PS: Sei que estou em falta com todos vocês, sempre tão carinhosos comigo. Até o natal vou passar em cada um dos seus blogs, pra dar o “ar da minha graça”. Vocês são muito importantes pra mim!


sábado, 9 de novembro de 2013

Medo

Depois de uma semana fria e chuvosa, hoje o tempo abriu de vez. Céu azul, sol escancarado e eu, como nos últimos fins de semana, trancado em casa. A luminosidade me incomoda muito e, a cada vez que volto de mais uma “sessão tortura” com o Jiraya que me arranjaram (rs), só penso em ficar na penumbra, de preferência com óculos escuros.

Ultimamente tenho tido uns sonhos tão estranhos. Acordo de madrugada, com uma sensação de aperto no peito. Alguns são com meu pai, outros com o Zeca. Eles me parecem bem, mas as situações, os “enredos” em que os sonhos acontecem são sempre angustiantes. Não consigo entender, nem quero entender. Só queria poder parar de sonhar. Tudo deve ser o resultado dos meus temores, dos riscos velados que eu temo e que não se apaziguam com as palavras de ninguém. Sei que pra equilibrar esse estado de espírito eu deveria focar mais na esperança. Mas, cadê força?

Racionalmente eu sei que não posso ser forte o tempo todo. O meu comportamento, porém, parece obedecer a um “piloto automático”, que vive bancando o durão e que detesta se mostrar frágil para os outros. Ontem, pela primeira vez, eu chorei na frente de uma pessoa que não era o Zeca. Depois veio uma sensação tão péssima, afinal o Claudio está me dando tanta assistência, está sendo um amigo incrível, mas eu sei que ele está mais apavorado que eu. E ele deve ter ficado sem ação ao me ver frágil, ou seja, eu devo ter aumentado a sensação de angústia que ele vem passando comigo. Ele não merecia isso! Depois tentei me redimir. Comecei a brincar com ele, falando que era bobeira da minha parte. Preciso tomar mais cuidado, pra não deixar a tarefa dele mais difícil do que já está sendo. Preciso redobrar o meu autopoliciamento!

Hoje é o aniversário da irmã dele. Eu tive que insistir muito, mostrar que já estou bem, que ele não precisava se preocupar, para que ele pudesse ir à festinha dela. Agora estou sozinho, ouvindo música. Mais tarde, com certeza, ele voltará. Sinceramente, eu quero que ele volte. Não posso demonstrar, mas me sinto mais seguro com ele por perto.

O tempo ficou lindo hoje. Em mim, continua chovendo.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A Clockwork Orange

Não sei se é possível explicar a amizade, assim como parece não ser possível explicar o amor. Já ouvi dizer que na amizade existe o componente “escolha”, que não existe no amor. Poderíamos escolher um amigo, mas não um amor. Não sei, tenho dúvidas. Eu tendo mais a crer que a escolha faz parte de ambas as coisas. Deve haver uma afinidade especial entre o que somos e o que temos no outro (e vice-versa) para que surja a possibilidade da escolha. No fundo penso que o determinante de tudo é a escolha mesmo.

Assim como não acredito que podemos ter mais de um amor ao mesmo tempo, não creio que possamos ter mais de um amigo (estou falando de amigo, amigo mesmo!) também. Está parecendo radical, né? Explicando melhor: não consigo imaginar alguém que tenha muitos amigos verdadeiros, visto que a amizade verdadeira é um compartilhar que nos exige uma preocupação especial, que nos ocupa e não prescinde de nossa atenção, sempre que necessária. E não somos tão grandes ou temos tanto a partilhar que comportaríamos tantos amigos assim. Então, eles são poucos. E, dentre esses poucos, quase sempre um é o escolhido para ocupar um lugar prioritário.

Sabemos que nossa escolha foi acertada quando, no amor ou na amizade, nos momentos mais difíceis de nossas vidas, a presença dele (o amor ou o amigo) surge em sua forma mais absoluta. Não importando em que condições aconteça, em que ponto da nossa história nos encontramos, lá vem “ele”, de braços abertos, a nos acolher, sem pedir nada em troca, a não ser o que já estava pressuposto - a amizade ou o amor. Concordam comigo?

Pois é, eu tenho 4 amigos. Eles participam da minha vida, se fazem presentes, sempre que necessário, assim como eu me faço presente na vida deles. Mas tem um, um especialíssimo, que me acompanha há muito tempo e que nunca me faltou. Nesses últimos tempos, com essa instabilidade pela qual me vi sem forças para, eu próprio, resolver certas questões, ele praticamente se colocou à minha disposição para caminhar junto, amparar de fato, abdicando inclusive de algumas coisas que tinha pra fazer e que deixaram de ser prioritárias, em meu detrimento. Não tenham dúvida, isso é o maior presente que podemos ter em nossa vida!

Eu sempre costumo (ou costumava... rs) dizer que sou bem fortinho. Mas, tem horas que, até os muito fortes devem pedir arrego. E, nessas horas, não existe nada melhor que ter um alguém efetivamente capaz e disposto a facilitar esse nosso singelo pedido. Eu posso não ter feito muita coisa em minha vida, mas as minhas escolhas, no amor e na amizade, acertaram em cheio! Bem na mosca!

Desde quinta-feira passada me vi absolutamente dependente dessa grande pessoa. E foi tão maravilhoso que, na verdade, eu nem me dei conta que vivi essa dependência. Dá pra entender? Talvez tenha sido apenas o começo de um período em que precisarei mais ainda dele. Ainda não sei. Uma coisa é certa: se um dia ele precisar (tomara que não, nesse aspecto não) de mim, nem que eu tenha que virar o mundo do avesso, eu estarei lá, a seu lado.

Um vídeo (meramente ilustrativo... rsrsrs) de como se iniciou a “nossa” quinta-feira...


sábado, 5 de outubro de 2013

Recaída


Eu amo a minha casa! Ela é exatamente do jeito que sempre sonhei. É o lugar em que me sinto acolhido, repleto de memória em cada objeto, em cada detalhe, ao qual imprimi a minha “marca”. Eu posso dizer que, mesmo na total escuridão, eu consigo saber onde está qualquer coisa. Pelo tato, pelo cheiro, ou mesmo pela intuição, quando a memória falha em suas sensibilidades. Aqui eu passei os grandes momentos da minha vida. Os mais alegres e os mais tristes. Fora eu próprio, ela é a única testemunha das minhas dores, dos meus gozos, da minha história de amor.

Quando, depois de quase 3 anos em que nos conhecemos, ele finalmente se mudou pra cá, ao oferecer a ele a minha vida, concretamente eu abri esse espaço, que era só meu, num ato repleto de simbologia. Eu não apenas estava iniciando o compartilhamento dos meus sentimentos. Eu abria o meu corpo/casa pra ele! Eu propunha dissolver as lembranças, que eram apenas minhas, para que pudéssemos, num novo exercício de vida, refazer, uma a uma, em novas lembranças, agora de nós dois. E conseguimos! Hoje eu sei que tudo aqui não é mais apenas parte da minha memória, mas da nossa.

Eu não acredito (ao menos no “formato” em que é apresentado usualmente) em espíritos. Eu tendo a crer que, após a nossa morte, essa coisa imaterial que trazemos atrelada a nossos corpos (alma, espírito, força vital, o que seja), retorne ao seu “meio primordial”. Acho muito egocêntrico crer que o nosso espírito continue, após a morte física, carregando a nossa individualidade. Sei que esse assunto é complexo demais, nem é minha intenção discutir aqui sobre isso. E sei também que é uma questão de fé. Entendo que, para além da morte física, o que sobrevive são as memórias e a história em nossa consciência. E é justamente pela consciência, que a morte não consegue destruir, que continuamos unidos, agora pela consciência ampliada do ser.

Esta semana, por duas vezes acordei de madrugada. Perdi o sono. Pra quem acorda todo dia por volta das 5:30 e costuma dormir nem tão cedo assim (perto das 24 hrs), acabar se perdendo, com menos de 3 horas de sono, é complicado! E, como era cedo demais pra ir pro trabalho (rs) me vi em algumas divagações, cujo resumo acabei de escrever aqui pra vocês. Sozinho, num silêncio “ensurdecedor”, percorrendo com o meu olhar todas as minhas coisas e com a minha mente toda a nossa história, eu me senti como que aprisionado. Como se sentir preso num lugar que se ama tanto? Pois foi exatamente o que eu senti, nessas minhas crises de insônia.

Seria o momento de, num lance de arrojo, refazer tudo? Mudar daqui, começar a construir outro lugar, outra casa, outros objetos, outro espaço. Ou será isso inútil, visto que a essência do que fomos e vivemos está tão agregada a mim que não há como fugir disso? Será que, num novo espaço, a presença que tenho dele em mim conseguirá ser apenas uma memória sem dor?   


segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Sobre comentários

Eu estou tão relapso com meu bloguinho! Não apenas com ele, mas principalmente com todos vocês que passam por aqui, sempre com palavras de carinho e de incentivo. As coisas continuam embaralhadas na minha vida, não consegui arranjar uns dias de férias (quem sabe no próximo mês, ou no final do ano!), ainda às voltas com alguns problemas de saúde. Tratando de me estabilizar, vou sobrevivendo...

Não sei se já falei, mas essa experiência de ter um blog me trouxe uma sensação que eu não acreditava existir. Mesmo sem conseguir defini-la corretamente, é uma sensação que surge ao ler os comentários que vocês deixam por aqui. Generosidade? Disposição para escutar? Vontade de compartilhar um momento, com o único intuito de nos dirigir, mais que palavras, energias positivas? E nem importa se é uma linha, ou se são várias. Ou se as palavras querem brincar, ou construir uma crítica. Nada importa, diante do fato de alguém, que não nos conhece, reservar um tempo que é seu para se predispor a estar em nossa sintonia. Eu acho isso tão importante! Vocês nem podem imaginar quanto! Até mais do que o fato de eu ter escrito, que só depende da minha vontade. É maravilhoso!

Isso posto (rs), imaginem o que eu senti hoje ao abrir o email do blog e me deparar com mais de 30 mensagens de alguém que se predispôs a ler, meticulosamente, todos os posts do meu blog! Na hora fiquei até um pouco estático. Isso existe? Tamanha generosidade e disposição de ler e comentar o que alguém que não conhecemos escreveu! Então, resolvi percorrer também, tudo o que já escrevi, post por post, todos os comentários. Como descrever o sentimento que se instalou em mim ao ter “em minha frente” alguém de tamanho espírito de doação, com o único objetivo de me “ouvir” por algum tempo?! E, em todos os seus comentários, eu aprendendo um pouco mais de mim mesmo. Não encontro palavras que possam descrever o que eu senti.

Eu sempre digo que valorizo demais os pequenos fatos da vida. Por mais simples que sejam, eles são os que conseguem, num trabalho de formiguinha, nos impulsionar, nos mover, nos retirar de momentos de estagnação. Quanto vale um “Bom dia!”, acompanhado de um sorriso sincero no rosto? Quanto vale um comentário como esse: “Difícil enxergar ‘um sujeito pleno’, quando na verdade todos nós só temos acesso a recortes, fragmentos. É o nosso jeito de nos mostrar para o mundo e perceber o mundo: nos reduzimos e reduzimos as coisas de sua complexidade e transformamos cada um desses universos em objetos...”

Concordo plenamente! Somos um amontoado de recortes, de pequenos pedaços de história. Em alguns pedaços somos felizes, em outros nem tanto. Ninguém é pleno e, talvez, nem é suposto sermos, posto que a vida perderia a graça se, em algum momento, houvéssemos alcançado a plenitude. Porém eu penso que pode existir um fio que dê coesão aos fragmentos do mundo que somos, restaurando, mesmo que por um breve momento, a complexidade primordial e inalcançável. Talvez o nome desse fio seja solidariedade. Talvez seja compaixão. Talvez afeto desinteressado. Importa o nome?

Obrigado a todos vocês que me acompanham. Obrigado, Leão





sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Desabafo

Duas questões que povoaram a minha cabeça essa semana. A primeira: de como eu lido com o quesito “problemas de saúde”. Quem conhece um pouco da minha história, lendo por aqui, deve saber que, há alguns anos, eu enfrentei com meu amor uma barra pesadíssima. Eu vivi situações, sinceramente, que eu não gostaria que ninguém vivesse. Acompanhar, dia a dia, o esvair-se de uma vida não é tarefa muito simples. Foram quase 2 anos, desde o primeiro diagnóstico, até o fim de tudo. E mesmo que eu fraquejasse por vezes, parecia que, a cada novo solavanco, surgiam em mim novas forças, muitas das quais vinham da própria esperança que ele tinha em nem sei o que.

Eu me acreditava forte. Sofri muito, uma dor que parecia esgarçar todos os cantos da alma, corroendo, dia a dia, um sonho que foi construído e vivido com tudo o de melhor que a vida havia me dado. A sensação era como se, durante anos eu tivesse construído um belíssimo castelo, com todos os requintes, detalhes e, a partir de um certo ponto, eu começasse a ver o castelo sendo demolido, lenta e regularmente, tijolo por tijolo, portas, janelas... Mas, eu assistia a tudo e, ainda assim, me sentia forte.

Quando, recentemente, comecei a ter alguns problemas com a minha saúde, eu me senti fraco pela primeira vez na vida. Uma sensação de impotência tão grande que me assustou. Eu pensei: então, quando o problema é comigo eu sou diferente. A minha angústia me dizia, eu pensei, que eu poderia ser “pau pra toda obra” desde que a obra estivesse fora de mim. Porque quando é comigo... Talvez os leitores mais atentos devam ter percebido, pelos posts anteriores, que eu não sei lidar com os problemas quando eu sou a “bola da vez”.

Três parágrafos e eu ainda não cheguei ao cerne da questão (rsrsrs). O fato é que, essa semana uma pessoa muito querida teve que enfrentar um problema de saúde. Infinitamente menor que o que acometeu o meu amor, anos atrás. Pois bem, no dia em que ele sofreu uma intervenção, nesse dia eu fiquei total e absolutamente atordoado! Até eu receber a primeira notícia de que tudo havia corrido bem (e isso foi no final da tarde) eu passei o dia me entupindo de café, meio abobado, a ponto das pessoas que trabalham comigo virem me perguntar se eu estava bem. E só existia uma frase que martelava a minha cabeça ininterruptamente: eu não sei se aguentaria tudo novamente!

A segunda questão: passado esse momento susto/bobeira/criancice (rsrsrs), me deparei com esse vídeo. Quem me conhece um pouco (hoje já repeti isso várias vezes... devo estar carente, precisando de alguém que me entenda!   rsrsrs) sabe que eu sou um “romântico à moda antiga”... do tipo que ainda manda flores... e gosta demais de receber também! Porém, eu acreditava que, com o avanço da idade, adentrando a maturidade (como detesto essa palavra! rs), os arroubos românticos deixariam de ter a leveza da juventude, passando a se tornarem patéticos. Ao ver esse vídeo, senhores, a minha sorte foi que a porta da minha sala estava fechada. Senão ia ter gente providenciando algum lencinho urgentemente pra mim.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Flores



Existe coisa melhor do que, ao chegar em casa, absolutamente em frangalhos, um calor absurdo, um clima de deserto de tão seco e... receber flores?! É ou não pra sentir que (apesar de tudo, de todos os problemas, de toda correria, de todas as rasteiras) basta um gesto de carinho, e tudo muda de cor, tudo se transforma em calmaria...

Eu continuo enrolado no trabalho, enrolado comigo mesmo, com meus problemas. Sei que não estou dando atenção às pessoas que passam por aqui, que escrevem pra mim, que só tem palavras de carinho comigo. Eu sei. A minha esperança é que tudo isso sossegue, mesmo que eu tenha que tirar férias (já estou “dialogando” com a chefia... rs), para eu poder retomar a vida em minhas mãos. Vamos ver se nesse fim de semana eu consigo, ao menos, ficar em casa, sem precisar fazer nada. Nos últimos, eu só vivi por conta de exames, do trabalho e da bondade dos amigos. Santos amigos! O que seria de mim sem eles...

Fiquei com uma vontade tão grande de dançar! (rsrsrs) Será que alguém se habilitaria?


terça-feira, 3 de setembro de 2013

Sem assunto

Ou melhor, tem, mas é muito chato! Detesto falar dos meus problemas de saúde. Desânimo. Essa é a palavra. Mas não vou aborrecer vocês com isso. Pode ser efeito do “tarjinha” que ando tomando. Detesto isso também! Vou me livrar o quanto antes. De que vale dormir direito e passar o dia com um vazio enorme na cabeça?

Nos dois últimos fins de semana dei um trabalho enorme para um amigão, que me serviu de babá. Como é difícil lidar com essa coisa de exames oculares! Além do que eu detesto dar trabalho pras pessoas (o terceiro “detesto” de hoje!), mesmo sabendo que, no caso dele, os cuidados comigo são sinceros e de coração. Eu sei disso e, mais importante, ele também sabe que, a qualquer hora que precisar, estarei totalmente à disposição.

E o tempo, depois de um veranico nos últimos dias, virou. Chuva fina de São Paulo. Mais um inferno me aguarda no fim do dia, quando eu irei ao clínico levar os exames de sangue. Pra fechar: eu detesto médico! (rs) Bem que eles podiam nos ver em momentos mais alegres!


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Pedras no caminho

Esses últimos dias não estão sendo muito fáceis pra mim. Desde que voltei de viagem em julho, praticamente todo dia aparece, do nada, uma dor de cabeça. No início leve, logo pela manhã, que desaparecia com qualquer analgésico. Nas duas últimas semanas, foi se tornando mais intensa, só cedendo com analgésicos mais potentes. E isso em uma época totalmente imprópria (rs): encerramento do planejamento estratégico na empresa.

Eu tenho quase certeza que é um processo agudo e exacerbado de stress! Dois anos sem tirar férias, altos e baixos no meu emocional, uma certa teimosia (só um pouco) em não querer usar óculos para alguém que tem um histórico de necessidade. O interessante é que, a meu ver, essa somatização (será?) veio surgir justo no momento em que eu comecei a vislumbrar alguma nova luz em minha vida. Muito interessante!

Desde a semana passada estou fazendo um “tour” por alguns médicos (oftalmologista, agora um retinólogo -  nem sabia que isso existia! – clínico geral, exames mil do meu Brasil varonil) fora as intermináveis reuniões finais (que não acabam nunca!). Esta é a minha vida atual!

Nessas horas eu sinto muita falta dos meus pais, de algum irmão que não existe, de alguma família. Por sorte (e é por isso que eu acredito em Deus) eu tenho amigos. Em especial um que está me ajudando demais por aqui e um novo “amigo virtual” (tão real pra mim!) que está me dando uma força incrível para que eu possa remover essas pedrinhas chatas do meu caminho.



terça-feira, 20 de agosto de 2013

A Pedra de Roseta

Para quem não sabe (o que eu duvido) a Pedra de Roseta  é um fragmento de uma estela, uma coluna monolítica ou pedra destinada a inscrições, que poderiam ser governamentais ou religiosas, e era muito utilizada no antigo Egito. Seu nome é uma homenagem à cidade de Roseta, na província egípcia de Al-Buhaira, onde foi descoberta pelo exército de Napoleão, em 1799.

Sua importância não se refere ao conteúdo do que está escrito, mas à forma peculiar em que foram registrados os fatos: é um texto escrito em três línguas distintas... grego, hieróglifos  e demótico. Hieróglifos são escritos egípcios antigos, de difícil tradução e demótico é uma versão mais simples, popular dos hieróglifos. Estudiosos utilizaram o grego e o demótico, para traduzir os hieróglifos contidos na Pedra de Roseta, iniciando, assim, a possibilidade da revelação de milhares de anos de história do antigo Egito. Tá bom esse resumo, Foxx? (rs)

Vocês devem estar estranhando, né?! Calma, não to ficando louco! (rsrsrs) Vou tentar explicar. Voltando do trabalho, engarrafado no trânsito (coisa mais comum do mundo nessas horas aqui em Sampa!), aparece uma ligação. Adivinhe de quem era? Pois é, depois de algum tempinho, o “arquiteto” deu o ar da graça. Frases soltas, como está, o que tem feito, coisa e tal, e ele foi direto ao ponto. Não lembro exatamente tudo o que ele falou (eu não descuido da atenção no trânsito!), mas o resumo é: temos ou não chance de fazer nascer algo “mais sério”?

Foi então que, num rompante totalmente fora do meu “estilo de ser” (rs), expliquei calma e objetivamente que, entre nós, uma amizade talvez seja possível. Mais que isso... e foi nesse instante que veio à minha mente a história da Pedra de Roseta. Eu disse mais ou menos isso: alguns chamam de química... eu prefiro falar que todos nós temos nossa linguagem do coração, uma linguagem toda nossa, hermética, complicada e de difícil tradução, muitas vezes até para nós mesmos. E completei: eu não consigo traduzir a sua linguagem, da mesma forma que você não consegue traduzir a minha. Ele entendeu.

Logo que ele desligou, a minha seleção aleatória de músicas (ando desconfiado que tem “alguém” comandando essa aleatoriedade!) me brindou com essa do Jason Mraz. Vai ver que a minha Pedra de Roseta já foi descoberta por algum Champollion que, no caso, não é formado em arquitetura.


domingo, 18 de agosto de 2013

Algumas metas para 2014

1. Deixar que o ar fresco volte a circular pela minha casa. Reaprender a respirar.

2. Entender que só tenho uma vida. Interiorizar a ideia de que é preferível errar a não tentar.

3. Encontrar alguém que, dentre as suas metas, tenha a mim como uma delas. Reaprender a sonhar.

Essa número 3 é bem complicadinha, né! (rsrsrs) Mas acredito que, se eu alcançar as duas primeiras, certamente será bem mais fácil “atingir” a terceira!

Boa semana pra todos vocês!

sábado, 17 de agosto de 2013

Planejar é preciso, embora não seja preciso

Semana de revisão dos planos da empresa. Só por curiosidade (se é que alguém se interessa  rsrsrs): começamos revisando as metas para 5 anos. São as diretrizes de longo prazo. Depois começamos a “descer” e passamos a revisar as metas de médio prazo (2 e 3 anos). Quando o processo está completo, então iniciamos o planejamento propriamente dito (o Orçamento Anual para o ano seguinte, no caso, 2014) e nessa fase os detalhes passam a ser relevantes. Conseguem entender?

É tão interessante e vital para uma empresa todo esse processo que algumas vezes (inclusive essa semana mesmo) chego a me indagar se não deveríamos agir assim também em nossas vidas particulares. Não obviamente com toda essa metodologia tão sofisticada, mas sim em termos de proposta conceitual. O interessante num planejamento é que não se deve priorizar a “adivinhação” do futuro, prever o que irá acontecer. Lidamos com expectativas sempre. Então o que é fundamental é estarmos preparados para poder enfrentar grandes grupos de possibilidades de cenários. Em nossas vidas creio que não é diferente.

Pense um pouco: o que eu quero pra daqui a 5 anos? Daí eu faço uma “listinha” (rsrsrs). Então eu me pergunto: o que eu devo fazer pra alcançar esses objetivos? Outra lista. Tudo bem geral. E vou repetindo a pergunta para prazos mais curtos, até chegar ao próximo ano. Pode ser apenas um exercício mental, sem nada “formal”. Sabe que eu andei pensando nisso?! Um prodígio pra mim. Faz muito tempo que, no meu caso, funcionava a máxima “em casa de ferreiro, espeto...” (rsrsrs) Será que isso significa alguma coisa? Acho que sim.

Acabei de chegar de uma festinha em comemoração do aniversário de um amigo meu. Não bebi, tá certo! Porque eu estava com meu carro e não tinha ninguém que pudesse servir como meu motorista. Vai que algum de vocês possa imaginar que esse post é efeito de umas bebidinhas a mais, né!

PS: Notaram a ideia fundamental, que está escrita no título do post?


domingo, 11 de agosto de 2013

Meus tempos

Hoje, logo após o almoço, recebi uma ligação telefônica estranhíssima, da mãe dele! Depois que ele morreu, acho que essa é a terceira vez, em mais de 2 anos, que ela ligou. Aparentemente queria apenas saber como estou. Fomos totalmente formais. Perguntei de todos por lá, parece que tudo está na mesma. O pai dele um pouco doente, a irmã continua solteira e o irmão menor se casou. Será que ela queria falar outra coisa e eu, pela maneira fria com que a tratei, não dei espaço? Mas, não importa. Eles nunca esboçaram o menor gesto de carinho comigo, mesmo nos piores momentos. Sempre nos sentimos estranhos, uns aos outros, e não deve ser agora o tempo de nos aproximarmos. Isso jamais ocorrerá! Nem sinto a menor necessidade ou vontade disso.

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Eu preciso, urgentemente, arranjar alguma coisa pra fazer domingo à tarde! Vou ver se consigo trocar as tardes de domingo pelas das sextas, lá na empresa! Será que eles topariam? (rsrsrs) Brincadeira. Mas, eu me sinto perdido nessas horas. E, quando estou “de boa”, parece que sempre acontece alguma coisa pra me lembrar do passado. Pior que eu não gosto de sair sozinho pra ir ao cinema, ou mesmo fazer outro tipo de programa disponível aos domingos. Então, como já é (quase) de praxe, vou ouvir música, estatelado no sofá e... entro no meu baixo astral. E o meu dedo, pra escolher música, incrível, é um caso à parte! Não colabora um milímetro e lá vou eu me esfarelando ainda mais. Hoje o “culpado” (que pecado isso! esse cantor é um lindo!) foi o Brendan James.

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Se existe uma coisa boa nessa experiência de ter um blog é podermos conhecer pessoas bacanas e até fazer amizades. Pra mim isso tá sendo muito bom! E como diria um novo amigo que “ganhei” por aqui: dias melhores virão! Há que ter paciência. Espero muito que ele esteja certo. Deve estar, eu confio nele (rs). E, por falar nisso, vamos ver se eu já aprendi alguma coisa com ele. Em seus posts, depois de escrever lindamente (tá certo que eu não entendo nem 60% do que está ali   rsrsrs) ele sempre inclui algum texto bacana no final. Então, vou pedir a permissão dele pra incluir esse, que ele me mandou:

"... Às vezes tudo o que a gente precisa é de um pouco de paciência. As plantas crescem. No tempo delas, as plantas crescem. E não adianta amaldiçoar a pobre da planta para que ela cresça mais rápido, porque cada processo da natureza tem o seu próprio tempo. Você também tem. Respeite a sua velocidade. Respeite os seus sentimentos, respeite os seus tempos, respeite, sobretudo, o seu próprio processo de crescimento. E se ame. Imensamente...”

Será que ficou parecido com os posts dele? (rs) Ah, falta uma música. Vejam essa! Apesar de muito triste, é lindíssima!

Boa semana pra todos vocês!

sábado, 10 de agosto de 2013

Um plano que não aconteceu

Esta semana, talvez por amanhã ser o dia dos pais, eu li em vários lugares, artigos, reportagens, sobre o papel que os pais desempenham hoje, muito diferente do que foi no passado. O meu pai seguiu o “modelo tradicional”, acreditando que a função dele era manter a família. Não que ele não se interessasse por mim, mas nunca tivemos um relacionamento afetuoso. Talvez pela sua origem alemã, vai se saber. Ou talvez por eu sempre ter sido do tipo independente, nunca “dando trabalho” pra ele. Devem existir várias causas, que nem cabe aqui analisar.

Em minha história, numa certa fase (já depois de muitos anos de convivência com meu amor, de já estarmos morando juntos) chegamos a conversar sobre se havia a necessidade de termos filhos. Confesso que sempre tive vontade de ser pai. Mas esse assunto só apareceu entre a gente depois de muito tempo. E, por ironia da vida, quando já estávamos amadurecendo a ideia, veio a notícia da doença dele. E esse “plano” foi deixado de lado, embora, em muitas horas difíceis, durante o seu tratamento, eu tenha usado esse argumento (o nosso plano de ter pelo menos um filho) como mais uma forma para dar ânimo a ele. De fato parecia que dava um bom efeito.  Era sempre bom ter algum objetivo com que se apegar.

Em nosso plano uma coisa era certa: queríamos adotar. Não gosto muito da ideia de uma mãe de aluguel! E tem tanta criança precisando de um lar, precisando de carinho. Não faz muito sentido partir pra essa aventura de um filho biológico, além de tantas implicações que apenas conturbam um ato que deve ser o mais simples possível. Não deu tempo (tantas coisas não deram tempo!), não deu certo e, do ponto de vista atual, entendo que foi melhor assim. Imaginem hoje, eu sozinho, tendo que criar uma criança! Eu teria sérios problemas!

O interessante, que sinto hoje, é que o desejo não morre. Se eu for perguntar pro meu coração, ele responderá que sim, que eu gostaria de ter um filho. Mas a razão, com muita propriedade, diz que não. Acho que isso é uma das poucas coisas em que meu coração ouve e aceita o que a minha razão diz.   



segunda-feira, 5 de agosto de 2013

De braços abertos

Sexta-feira, como não poderia deixar de ser, foi um dia pesadíssimo! Logo cedo comuniquei sobre a demissão dos 2 funcionários. Achei que meio eles esperavam, aparentemente não houve surpresa. Ficaram tristes, é óbvio, mas sentiram que, do meu jeito, eu fiz algo muito bom por eles. Daqui a pouco eu conto.

Na parte da tarde, foi o império do silêncio. Muito complicado... os rapazes arrumando as coisas, passando as pendências para o supervisor, as despedidas. Eu tinha que fazer alguma coisa pra levantar o astral do povo, rapidinho. Essas coisas temos que resolver de pronto, para colocar nos trilhos, senão... Marquei uma reunião com todo mundo, supervisores, funcionários, estagiários, pra hoje logo cedo. Um outro gerente com quem conversei a respeito achou arriscado. Mas eu gosto de riscos e, novamente, acho que minha intuição estava correta.

Hoje cedo fomos para uma sala de treinamento (somos em 27, comigo), sentamos em círculo e a única questão que deixei para quem quisesse se manifestar foi: o que você está sentindo? No começo, timidamente, as meninas (como sempre, elas parecem ter mais coragem) esboçaram ideias que giravam em torno de tristeza, mas com entendimento. Aos poucos os supervisores (eu tenho 3) falaram sobre espírito de equipe (gosto muito disso). Ao final todos estavam se sentindo mais à vontade, inclusive os estagiários (eu tenho 3 também), que sempre são os que ficam com “um pé atrás” diante desses fatos. Ah, eu não havia comunicado que um deles seria efetivado. Achei que poderia ser interessante pegar todos, inclusive o “escolhido”, no “susto”. (rsrsrs)

Depois que todos já haviam se colocado, resolvi falar um pouco. Tomei fôlego, abri meu coração e deixei que as palavras saíssem seguindo os meus sentimentos. Comecei falando que eu havia conseguido encaixar os dois funcionários demitidos num programa de recolocação que temos com uma consultoria (é muito bacana isso e, como esse programa é destinado apenas aos supervisores e graus acima, eu batalhei junto com o controller pra poder estender a eles), depois, nem lembro direito, (rs) acho que devo ter falado alguma coisa tocante, pois o olhar deles parecia emocionado. No fim falei da efetivação do Leonardo, que quase teve um treco! (rsrsrs). Vocês nem podem imaginar a cena!

Ele ficou tão sem jeito, mas foi tão lindo que os outros 2 estagiários logo foram abraçá-lo. De repente, do nada, eles vieram pro meu lado e me abraçaram... nossa! Foi contagiante! Quando dei conta éramos um bloco de pessoas, todas abraçadas, eu no meio, formando um “corpo” único, unidos, sem palavras, num abraço. Eu tive que me segurar nem sei onde, pois já tinha gente querendo chorar. Olha, que catarse! Fomos o assunto do dia na empresa. (rsrsrs)

Ao escrever agora, fiquei pensando como é bonito e significativo um abraço. Ao abrirmos nossos braços pra acolher alguém, nos despojamos, nos desarmamos, fora o lance de deixar os corações se aproximarem. E como eu tenho recebido aqui muitos abraços de vocês, que nem me conhecem, e sempre tem palavras tão carinhosas comigo, resolvi, através dessa música (sempre que a ouço me emociono muito!), abrir os meus braços para todos vocês. Tenham certeza que eu desejo, para os sozinhos, que encontrem alguém e para os que já encontraram que saibam viver plenamente essa coisa tão linda que é se dar a uma pessoa.


domingo, 4 de agosto de 2013

Sexo e Amor

Domingão maravilhoso aqui em Sampa. Nem parece inverno! Acordei cedo, tomei café e fui andar no Parque Villa Lobos. É um parque bem bacana, menor que o Ibirapuera e com bem menos pessoas. O Ibira é impraticável nos fins de semana! E lá fui eu, todo “esportivo” (rsrs) shorts, tênis, boné (eu fico praticamente irreconhecível nesses “trajes”), caminhar. Não gosto de correr ou andar de bike, apenas caminhar. E foi numa trilha que vi um rapaz com seu cão. Uma beleeeeza... na verdade duas... o cão também era lindinho! (rs) Gente, o radar apitou bonito! Diminui a marcha, passei lentamente por ele. Não deu outra: a olhada que ele me deu, entregou! Aí juntou duas securas, a do tempo (tá seco pacas por aqui!) e a minha, e o tesão aflorou. Vocês entendem, né?!

Antes que vocês comecem a imaginar o que aconteceu, já entro com um “anticlímax”: não rolou nada, apenas uma paquera. Depois que passei por ele, mais à frente dei uma parada, deixei que ele me alcançasse, novamente ele me olhou “daquela forma”, mas não passou disso. Penso que, como eu não tomei a iniciativa, e ele sendo bem jovem (devia beirar os 20 e poucos anos), eu devo ter intimidado. Mais velho, mais alto, mais... essas coisas! (rs) Depois tomamos trilhas diferentes e não o vi mais. Fim. Que pobreza de história, né?! Mas serviu para eu pensar (às vezes acontece rsrs) sobre uma coisa que considero importante: sexo e amor.

Sem a menor pretensão de grandes voos conceituais, eu penso que, no sexo sem amor, o nosso “objeto” (no caso, a outra pessoa) é visto como o “complemento” do ato sexual. Explicando melhor e utilizando o que aconteceu hoje: eu vi o carinha e, imediatamente, aquela visão, o seu corpo, os seus “membros inferiores”, como diria o meu amigo Cocada (rsrsrs), despertaram um mim um desejo. Aquela bundinha arrebitada... nossa! Vontade de apalpar, de me encostar inteiro por ali! Aquele corpo me deu desejo. Imaginei automaticamente ele sem roupa e... nem preciso entrar em detalhes, né! Isso aqui é um blog de família (rsrsrsrsrs). A questão é: existiu um desejo em mim e aquele rapaz, naquele momento, era apenas uma via possível de materialização desse desejo. Entendem onde eu quero chegar?

Não estou querendo tecer algum julgamento que diminua o valor do sexo, do desejo. Longe de mim, que já agi muito assim na minha juventude. Acho super válido! Ajuda demais no nosso equilíbrio emocional. Eu apenas quero expor uma diferença, que eu penso existir, quando o mesmo ato sexual é feito com alguém que amamos realmente. E quando acontece o sexo com a pessoa que amamos, tudo se inverte: no sexo com amor o ato sexual é o complemento do nosso “objeto”! Aliás, esse objeto nem existe, pois o que temos em nossa frente é o sujeito que amamos.

O sexo é um prazer e se move pela busca. Eu busco o meu prazer em um outro, no seu corpo. Eu fiz isso inúmeras vezes. E, na maioria das vezes, foram experiências muito boas. Porém, quando eu estava com meu amor, vivendo a história mais linda que eu podia ter pedido a Deus, naqueles nossos momentos de sexo, o que eu procurava, sempre, era “dar” prazer a ele. Eu buscava nele o prazer dele! Eu amava ver o corpo dele tendo prazer! E, delícias das delícias, êxtase dos êxtases, maravilha das maravilhas... ele procurava a mesma coisa em mim! Aí, meu caros amigos, não existem palavras que cheguem minimamente perto de descrever o que sentíamos!


quinta-feira, 1 de agosto de 2013

E ainda tem amanhã

Nossa, que semana! Parece que não termina! Esgotado mentalmente, precisando de umas 10 horas de sono! (rsrs) Tadinho de mim, ainda falta amanhã! Semana em que estou tendo que botar o “racional” pra funcionar no trabalho, mesmo sabendo que é quase impossível não deixar o emocional interferir nas decisões. Vou tentar contar, bem resumidinho, pra não cansar a paciência de vocês.

Era bem previsível, segundo semestre, planejamento em ação e surge a velha questão dos ganhos de produtividade, corte de despesas, adequações, etc. E sou eu, justamente, o “controlador” dessas questões na empresa. Mais de 2 meses de projeções, análises (um inferno!) e vamos para o “task” necessário: 20%. Aprovado pela diretoria (que, como é óbvio, queria “salgar” um pouco mais, quem sabe 30%... uma luta pra evitar isso!) e como a pimenta não é prerrogativa apenas dos outros, eu tive que experimentar o seu gosto.

Existem vários métodos, nem vou discorrer aqui, não vale a pena. Pra simplificar: se optamos por cortar salários maiores (o que implica em funcionários mais velhos), menos “cabeças têm que rolar”. Se formos na “base”, mais pessoas... bem simples isso. O problema sobra pra quem fica: como continuar desempenhando, com a mesma eficiência, os mesmos trabalhos, com menos pessoas? Nessas horas eu penso que só o racional deve funcionar. Sei que parece duro, desumano, mas não tem jeito melhor.

A empresa em que trabalho é muito boa em termos de plano de carreira. E isso é um bom diferencial, temos que admitir. Sempre se tenta valorizar a meritocracia, sem os excessos de uma concorrência exacerbada entre as pessoas. Todo ano nós, gerentes, fazemos um processo de avaliação de cada funcionário, que é discutido individualmente, analisado, até que se chegue a um consenso. Acho que isso funciona como um bom sinalizador! E, mesmo assim, parece que algumas pessoas não enxergam. Eu, por minha conta, faço uma análise intermediária, no fim do 1º semestre, como forma de sinalizar mais contundentemente como o trabalho de cada um está sendo visto, avaliado. Enfim, eu prezo por demais a transparência na relação “chefe/subordinado” (já falei que detesto a palavra chefe?), o “jogo limpo”.

Existe um fato, que é cruel, reconheço: um analista cuja idade começa a passar dos 40 anos e ainda continua analista, nesse “mercado corporativo”, esse fato já denota algum problema. Nessa faixa de idade, se a empresa sabe valorizar os méritos, era pra essa pessoa já ter se tornado no mínimo supervisor. Pelo menos comigo funciona assim. Eu já indiquei muitos funcionários meus, que começaram comigo como estagiários, e hoje já são até chefes de departamento. Além do que eu sempre gostei de trabalhar com estagiários... são jovens que em geral tem ainda a “vontade” de progredir, a garra pra aprender e muito a nos ensinar, bastando que queiramos ouvir.

Conclusão: resolvi dispensar 2 dos meus analistas mais antigos e admitir um dos estagiários. Foi a minha razão que falou mais alto. Vocês nem podem imaginar o quanto é difícil fazer isso! Essas 2 pessoas trabalham comigo há mais de 5 anos. No começo (vieram transferidos de outro departamento, promovidos) eles demonstravam que podiam progredir ainda mais comigo. São 2 pessoas muito legais, cumpridores de suas tarefas, honestos. Porém (esses poréns é que matam!) são do tipo “reativos”, nunca procuraram apresentar algo novo, mesmo que esse novo não tivesse tanta relevância. Eu gosto demais de gente “proativa”! Pessoas que não tem medo de mudar, de tentar enxergar os problemas por outro ângulo, gente que propõe novas soluções, mesmo que essas soluções não deem certo.

O que pesa (e isso é que desgasta o meu emocional) é que os 2 são casados, tem família que depende deles... é um verdadeiro martírio isso! A outra solução que eu poderia optar implicaria na dispensa de 4 funcionários mais novos, fora que não daria pra eu efetivar o estagiário. Racionalmente... não tem como! Enfim, se fiz errado, que o universo me perdoe! Eu fiz e assumo que fiz assim apenas pensando friamente em como será o futuro de quem continua comigo nessa caminhada.

Que post chato, né?! Que assunto do cacete! Mas é isso que, hoje, eu tenho pra contar. Amanhã... bem, amanhã será o desfecho de tudo!  



domingo, 28 de julho de 2013

Domingofobia



Já conheci várias pessoas que não gostam dos domingos, especialmente à noite. Hoje eu sou um cara que detesta, com todas as forças! (rs) Chego a torcer para que a segunda de manhã chegue rapidinho! Mas nem sempre foi assim. Nos tempos do meu amor tínhamos um acordo: em qualquer dia (fora os domingos) era eu o encarregado de tudo! Desde inventar surpresas (coisa que eu mais adoro!), cuidar dos detalhes de qualquer evento que fossemos participar, como ir a uma festa, receber amigos aqui, até o “serviço doméstico”, ou seja, cuidar da arrumação geral do nosso cantinho. Mas, nos domingos... tudo, tudo mesmo, ficava por conta dele! E eu sou exigente, tá.

Nos domingos comuns, sempre pela manhã íamos caminhar em algum parque, depois ele me levava para almoçar em algum restaurante que eu ainda não conhecia (o que, cá entre nós, era bem melhor do que quando ele inventava de fazer o almoço... ele era um zero seguido de muitos zeros, em matéria de culinária  rsrsrs). Se o dia estivesse bonito, como hoje, depois costumávamos ir ao cinema, depois uma lanchonete... quer vida melhor? Éramos felizes, tínhamos plena consciência disso. E essa felicidade era sempre tão maior, quanto mais simples eram as coisas que fazíamos.   

Nesses tempos mais frios, quando chegava lá pelas 21 horas, tomávamos banho e corríamos pra debaixo do edredom. Nossa, só de escrever isso consigo “sentir” o corpo dele (é uma lembrança táctil muito boa!), aquela pele que eu adorava acariciar. Raramente transávamos aos domingos (rs)... então, ali na cama, conversávamos, sempre agarrados. Acho incrível como tínhamos assunto! Parece que não acabava nunca. Engraçado, pensando agora, não me lembro de nenhuma briga ou discussão que tivemos em algum domingo!

Relendo isso, antes de publicar: ficou parecendo uma redação escolar, né?! (rsrsrs) Pode ser que essas lembranças, de tão singelas, carreguem mesmo alguma coisa de pueril em seu conteúdo. E me façam sentir como um menino que escreve pra contar como foi seu fim de semana...



quinta-feira, 25 de julho de 2013

Quando a dor teima em voltar

De vez em quando acontece algum momento, como um flash, e volta pra mim alguma parte da minha história. Desculpem! Eu vejo esse blog como uma forma de não deixar que essas lembranças se enraízem mais ainda. Então venho aqui e as trago à tona. Não sei se vocês entendem isso, nem é suposto que tenham que entender ou necessitem ter algum compromisso em me dar apoio, tá bom?! Óbvio que me faz bem ler o que vocês escrevem! E, podem acreditar, eu sinto que estou conseguindo lidar cada vez melhor com essas lembranças.

Hoje foi um desses dias. Um dia bem cansativo no trabalho, um tempo super feio, fechado, frio, chuva. Uma carga imensa de questões, que eu terei que resolver até segunda-feira. O trânsito parado, a chuva não dando trégua... acionei uma seleção aleatória de músicas pra tocar. Lá pela 3ª música, começa a tocar “Guillemots”. Não sei se vocês conhecem essa banda. É uma das minhas preferidas. O problema foi a música, naquele exato instante, naquela exata circunstância... e voltou pra mim um dos momentos mais tenebrosos que vivi na minha vida.

Fim do velório dele. Um dia muito parecido com o de hoje. Nossa, eu estava tão cansado, tão esgotado, mais de 24 horas sem pregar o olho, sem comer nada. Eu não tenho em mim detalhes de tudo o que aconteceu aquele dia... era como se eu estivesse vivendo um pesadelo, sem sentir o corpo. Não liguei para nenhum amigo meu. Só haviam pessoas da família dele. E eu, num canto, apenas a irmã dele vinha, poucas vezes, se sentar ao meu lado. Eu não tinha mais força alguma.

Durante 2 anos eu procurei encontrar alguma força pra conseguir enfrentar, sempre com alguma esperança, todo o drama que vivíamos. Mas, ali, quando só restava a constatação do fim, eu nem conseguia ordenar pensamento algum que ainda houvesse em mim. Eu, que havia largado o cigarro há muito tempo, naquele dia fumei 3 maços. Era automático. Era o que eu conseguia fazer! Não tive coragem (nem sei se essa é a palavra) de olhar pra ele no caixão. Como é difícil lembrar isso tudo!

No fim da cerimônia no crematório, todos se organizaram pra ir embora. Eu fiquei sozinho, sem conseguir atinar o que fazer. Entrei no carro, os gestos todos eram automáticos. Nunca, mesmo hoje, consigo lembrar o percurso que eu fiz. E foi quando, no meio do engarrafamento, da chuva, que começou a tocar essa mesma música que ouvi hoje. Não lembro exatamente o que pensei na época. Acho até que, durante mais de 6 meses, nem consegui pensar em muita coisa, fora o trabalho. Hoje, quando ouvi, eu soube!

Para quem voltava pra casa e, não importando o tempo que fosse, o cansaço que fosse, as angustias, os erros, as desesperanças, nada disso importando, pois sempre havia um abraço apertado, o contato com um corpo que continha todos os desejos, toda a alma, toda a verdade... esse simples ato que carregava e consubstanciava todo o nosso amor, esse ato não existia mais! Nunca, em nenhum dia que veio depois, eu senti um vazio tão real e objetivamente tão claro, como naquele dia, voltando pra casa, com a absoluta certeza que tudo havia acabado.

Hoje eu senti novamente. A diferença (será que isso significa alguma coisa?) é que eu consigo racionalizar e ter a coragem de escrever aqui. Agora, depois de chegar, tomei um banho quente, comi alguma coisa, entrei na net pra ver se encontrava essa música pra ilustrar o post. Bem... uma surpresa ao encontrar esse vídeo! Parece loucura, mas, em algum lugar do mundo, alguém fez um vídeo, num dia de chuva, andando por alguma cidade, e colocou de fundo essa música. Foi como se eu, agora, pudesse me ver naquele dia, “de fora”, eu como espectador de mim mesmo, naquela situação. Então, me acalmei e escrevi esse post.




PS1: Vontade de escrever pra pessoa que fez esse vídeo!
PS2: Puxei o vídeo para uma conta minha. Vou escrever pra ele agradecendo... é isso!


quarta-feira, 24 de julho de 2013

Uma questão

Outro dia eu estava conversando com um amigo, que é homo, casado (uma graça de casal!). Não lembro como o papo se encaminhou para o assunto: quando é que descobrimos que éramos gays. E ele disse uma coisa que, pra mim, não faz muito sentido, e deixei bem claro pra ele isso. Ele falou que, até os 20 e poucos anos ele não sabia ao certo. E que “a ficha só caiu” quando conheceu o atual parceiro dele. Isso me soou absolutamente estranho! Será possível que uma pessoa passe pela infância, adolescência (principalmente essa fase!), entra na juventude e não sabe exatamente qual a sua orientação sexual?! Muito estranho!

Desde onde minha memória me deixa levar, sempre tudo foi muito evidente, o que eu sentia. Não sei se foi sorte minha, ou meu próprio modo de encarar a vida, mas isso (o saber-se gay, mesmo que não com todas as letras e pontos finais) sempre foi muito tranquilo. Eu nunca sofri, ou tive dramas de consciência... nunca me senti deprimido, ou coisa semelhante. E não tem nada a ver com a educação que recebi dos meus pais! Que, aliás, morreram sem saber quem eu era realmente. Eu nunca me senti diminuído, nem fragilizado, enfim, penso que talvez isso se deva ao meu modo de ser, que sempre almejou ser independente acima de qualquer outra coisa. Deve ser isso.

A história do meu lindo é bem o oposto da minha. Antes de a gente começar nosso relacionamento, principalmente durante sua adolescência (ele sempre me falava disso) tudo foi bem complicado pra ele. Tinha a não aceitação por parte dele mesmo, um sentimento de “ser errado”, fora o medo  que ele tinha da família, dos amigos, de como seria a reação deles. Vocês nem imaginam o quanto tivemos que conversar, o quanto que eu tive de demonstrar pra ele que todos esses receios não tinham fundamento. Acho que o nosso primeiro ano juntos foi uma batalha, até que ele não encanasse mais. Essa também foi uma boa coisa que fiz, na intuição, sem ter noções de psicologia, ou qualquer coisa mais científica (rs).

Como eu até já comentei aqui, por várias vezes eu falei que achava legal conversarmos com seus pais. Eu queria, de fato, me mostrar pra eles, falar de mim, que eu não era nenhum bicho papão. Óbvio que eu não era tão bobo a ponto de achar que isso seria algo fácil. Mas eu sempre falava que era muito melhor encarar de frente, logo no início, pra não deixar dúvida do que estava acontecendo. E ele, sempre vindo pro meu ap praticamente todo fim de semana, insistia em falar meias verdades (sempre querendo adiar uma conversa minha com os pais), porque, segundo ele, a verdade inteira apareceria por si mesma.

Eu penso que a sexualidade é apenas um aspecto do que cada um de nós é. Temos tanto mais a compor esse “mix” que chamamos de nossa personalidade! A minha questão é (bem sincera, tá!... sem julgamentos rs): será que todos os dilemas por que passam os gays “mais problemáticos” não nascem justamente de fazer tudo girar em torno do tema sexualidade? É apenas uma dúvida que eu tenho, sem a pretensão de escrever um tratado, ou de ter a resposta correta. Mesmo porque não acredito que exista apenas uma resposta a qualquer questão complexa como essa.

Eu sei que tem todo o problema do ambiente, do entorno, tudo bem! E que tem implicações bem decisivas sobre esse assunto. Aqui, no entanto, eu apenas estou me referindo à postura que temos diante de nós mesmos. Será que eu estou sendo muito simplista, ou cometendo algum erro grave nessas minhas ponderações?


sábado, 20 de julho de 2013

Bom engov pra você

Ai... ui... ahm... acho que exagerei “um pouco”! Vodca, tequila... não, foi a azeitona! (rsrsrs) Desde que acordei já me entupi de gatorade, chá de boldo... que sensação horrível! Melhorando agora. Será que eu consigo lembrar de tudo? Por onde começo? Pelo início, quando eu, num lance tresloucado (pelo menos era o que eu pensava), convidei o “arquiteto” pra ir na minha festinha surpresa. Duas coisas que me chamaram a atenção enquanto conversávamos: ele pareceu com voz mais firme, mais positiva e, depois de agradecer pelo convite, perguntou se eu não achava melhor que fossemos no carro dele. Grande sabedoria isso (rsrsrs)... recuperou um pontinho na minha escala.

“E onde você quer que eu te pegue?” Segundos de reflexão (rsrsrs): “Você mora onde? Dá pra me pegar aqui no meu AP? Anota aí o endereço... é perto da sua casa!” Fui na intuição, tá. Não sei se era a hora dele saber onde eu moro, mas, não consigo explicar, a voz, a “postura” dele ao telefone, estava diferente. Senti firmeza. Fora que achei muito gentil da parte dele se dispor a ser “o motorista da vez”, sendo convidado. Mudança de tática? Pode ser... fato é que eu já estava gostando da coisa toda.

Pontualidade britânica! Meio pontinho a mais (rsrsrs). Bonitão, cheiroso (adoro homem perfumado!), me cumprimentou discretamente. O barzinho não ficava muito longe. Só amigos meus, inclusive do trabalho. Novamente me veio a ideia da coragem dele. Desde que me abordou aquele dia (e que eu achei “ousadia”), mas que, como o Foxx disse na época, agora me parece “jogo aberto” da parte dele. Interessante. Se enturmou rápido, ouvindo as conversas, dando “pitacos” bem assertivos. Bem bacana, gostei!

Preciso abrir parênteses (desculpem, é o meu jeitinho rs): foram 4 meninas lá do trabalho. Super gentis, coisa e tal. Só não consigo entender uma coisa: eu, 42 anos, “solteiro”... em todos os eventos em que eu compareci, sempre com o meu lindo a tiracolo. Acredito que era praticamente público (embora nunca oficial) o meu relacionamento. E, mesmo assim, não é que uma delas ficou “dando em cima”! Será que é curiosidade? Não entendo!

Quando eu era jovem até saí com algumas meninas. Eu tinha que me certificar que não gostava da fruta, né. Não dá pra dizer que não gosta sem experimentar (rsrs), mesmo que seja pra um tira-teima. Não gostei! É muita coisa em certas partes, falta em outras... fora a pegada, a pele, o cheiro. Enfim, não aprovado! De lá até hoje nunca mais ninguém me viu com alguma menina em qualquer lugar que seja. Não é bandeira suficiente? Mesmo assim, ontem lá veio uma delas toda se insinuando. Não dá, né! Fechando os parênteses.

Tirando esse “incidente” tudo correu às mil maravilhas. Até demais. Especialmente nas bebidinhas... perdi as contas. Mas sem dar vexame. Apenas não conseguiria voltar pra casa por minha conta, né. E ele... um gentleman! Quando voltamos, me levou até o apartamento. Perguntou se eu queria que ele fizesse um café forte (argh, sem açúcar!), me deu um engov que tinha na carteira (prevenido o moço), fez mil recomendações. E como tudo estava tranquilo (eu apenas esperando o momento em que ele resolveria “abusar” da minha pessoa rsrsrs), se despediu e foi embora. U-A-U! Impressionante!

Olha, efetivamente gostei demais dessas atitudes do rapaz! Se no primeiro dia eu tinha dado nota 8, que depois caiu pra 5... ontem subiu a cotação: merecendo um 9 agora! (rsrsrs)

Falando sério: depois que eu acordei, repensando tudo o que aconteceu, começo a acreditar que eu posso ter ganhado um amigo. Tem algum sentimento “especial” nascendo aqui dentro de mim? Com certeza não! O que eu sinto é que ele é uma pessoa bacana, com quem se pode conversar sobre vários assuntos e que também parece interessado quando os assuntos não são do seu domínio. É sensível, educado, charmoso, bom de cama (rs). Mas não sei, sinceramente, se eu conseguiria me apaixonar. Dá pra entender?

Ah, ia me esquecendo! Até agora (11:40 hrs) só me mandou um sms perguntando se estava tudo bem! O que vocês acham? Merece meio pontinho a mais? (rsrsrs)

quinta-feira, 18 de julho de 2013

4.2

Amanhã, se der a lógica, vou ter uma festa “surpresa”. (rsrs) Tudo bem, têm as pessoas que só vão no embalo, mas têm outras, eu sei, que é sincero o carinho, a amizade. Se existe uma coisa de que eu não posso reclamar é dos meus poucos, mas bons, amigos. Vamos conferir...

Confissão: acho que acabei de fazer uma besteira, da qual me arrependerei! Como nos dois últimos anos eu fiquei deprê... bem, telefonei... adivinhem pra quem? Meu Deus, tomara que eu não tenha feito a cagada do século! Pelo menos pode ser a garantia que eu não vá partir pro porre. Lucidez, onde estás, que eu preciso muito de você?! (rsrsrs)


quarta-feira, 17 de julho de 2013

De tudo o que tivemos na vida (parte 2): a tal família

Atendendo a pedidos (rs). Na parte 1 eu contei sobre nossa primeira viagem, aquela, pra Disney. Pode parecer, à primeira vista, que tudo foi fácil com a família dele, tanto é que o Gato até sugeriu que eu deveria procurar, hoje em dia, alguém pra dividir o meu peso. Tá certo... então vou tentar (e que a minha razão me ajude!) contar um pouco como era o meu relacionamento com a família do meu amor.

Primeiro, vamos nos situar: se ainda não ficou evidente, tínhamos uma diferença de idade, não tanto cronológica (nem 5 anos), mas de experiência de vida mesmo. Eu era independente desde os meus 18 anos e ele, quando o conheci (tinha 23) ainda dependente dos pais. E mesmo na aparência, no modo de vida, profissionalmente... não custa lembrar, eu fui o “chefe” dele na época do seu estágio. Mas, tem o “senão” maior: ele era negro. Eu, como já devem ter notado, um branquelo. (rsrs). Pra mim isso sempre foi o caminhão de cerejas do nosso maravilhoso bolo! Para a família dele...

A primeira vez que vi seus pais foi numa festa na empresa. Ele ainda era estagiário e me apresentou como seu “chefe” (odeio essa palavra!). E essa, a meu ver, foi a impressão que deve ter ficado sempre fixada para os pais dele. Um homem, aparentemente maduro (sempre pareci ter mais idade do que tinha) e ele, ao contrário, sempre aparentando menos. Mais do tipo frágil, delicado, conseguem entender? O primeiro contato foi bem formal, nem poderia ser diferente, pois não tínhamos ainda qualquer envolvimento além do profissional.

Depois veio a efetivação dele e o nosso relacionamento começou. Lembram disso? (Após um ano de paquera não declarada? rs). Ainda vou escrever um post da nossa “primeira vez”, aí sim quero ver se não vai ter chororô por aqui  (rsrsrs). Quando já estávamos juntos há quase 1 ano e iríamos viajar pela primeira vez, achei por bem que eu deveria conversar um pouco mais francamente com os pais dele. Que ilusão a minha! Foi só então que entendi porque sempre que eu falava pra ele sobre o assunto “família” ele fugia mais que o capeta da cruz!

Família bem simples. O pai era de pouquíssima conversa. Sério, carrancudo. A mãe, até que era mais acessível, mas religiosa ao extremo, católica, imagens de santos pela sala. Uma irmã mais velha, “tipo solteirona” (e que não casou mesmo, até onde eu sei), mas que foi a única que me deu algum apoio na “reta final” da nossa história. E um irmão menor, com toda a pinta de “não quero nada com a vida”, entendem? Nunca troquei mais que meia dúzia de palavras! Ou seja, ele era a pérola naquele mar de mesmices! E eu? Olha, só faltou o pai dele me dizer com todas as letras (isso muito tempo depois) que eu fui o responsável por ele ter “virado” gay! A onda era bem essa... mas, calma, coloquei o carro na frente dos bois. Voltando ao primeiro encontro formal na casa dos pais dele...

Peraí... antes preciso abrir um parênteses: um ano que, praticamente todos os fins de semana, ele ia para o meu apartamento na sexta à noite e voltava pra casa no domingo e, como tenho certeza, falando para os pais. Tanto é que muitas vezes a mãe dele ligava no meu telefone. Marcamos a viagem mais de 3 meses antes de sairmos de férias, e os pais sabiam. Pergunta: eles, os pais dele, pensavam o que? Que levávamos serviço pra casa, jogávamos xadrez, sei lá! (rsrs). Só pode, porque não dá pra entender a “surpresa” e o incômodo que foi quando falamos que iríamos viajar.

A mãe numa aflição que dava pena... o pai com cara de poucos amigos, falando o básico, subliminarmente não aprovando a tal viagem. Um belo clima para uma primeira reunião “em família”, não acham? Ah, e isso foi só o começo! Depois eu conto como foi quando resolvemos morar juntos, ou ainda como foi todo o lento processo da doença dele, a morte, o velório... melhor parar por aqui! Vou precisar de muito fôlego para remexer nessas questões.

domingo, 14 de julho de 2013

Um dia como esse

“Drinking in the morning sun
Blinking in the morning sun
Shaking off the heavy one
Heavy like a loaded gun...”

Não sei se vocês conhecem essa banda inglesa, Elbow. Quem não conhece, vale a pena pesquisar. Eu adoro! Era a banda preferida dele. E mesmo sabendo de certas armadilhas, que eu, sabia e meticulosamente, armo pra mim mesmo, passei a tarde ouvindo. Daí vocês podem imaginar! Um dia super lindo, ensolarado aqui em Sampa, um domingo com cara de passeio no parque, de descanso à sombra de alguma árvore, de um sorvete inesperado em pleno inverno, esse domingo transborda em meu rosto por lágrimas.

Não sei quem escreveu isso: que devemos entender a eternidade não como uma duração temporal infinita, mas sim como a “intemporalidade”. Se for assim, quando vivemos no presente, absorvendo tudo o que a vida nos oferece, aproveitando todas as probabilidades, por menores que sejam, então penso que podemos dizer que vivemos eternamente cada segundo de tempo de cada dia presente.

Esse vídeo, que eu acho a coisa mais linda, em termos de simplicidade e singeleza, consegue ilustrar bem, com essa música, o que eu não me sinto capaz de exprimir em palavras.

Boa semana pra todos vocês!

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Ainda não “voltei”

Se eu disser que to “que é só o pó da rabiola”, vocês entendem? Voticonta! Começo a acreditar (pois achar eu já achava) que to ficando um velho ranzinza (rsrs). Essa coisa de inferno astral é a mais pura verdade! E o meu tá se concentrando todo nessa semana. Tomara que tenha esgotado a cota!

Acabei de chegar, sabe de onde? Do trabalho! Isso aí! Miami-Cumbica-Empresa... pura e simplesmente! Entre hotel, aeroportos, voo, foram mais de 12 horas. E como foram necessárias alterações no projeto, que a anta (só falando isso!) prometeu pra segunda-feira, tivemos que ir direto pro trabalho! Amanhã, logo cedo, mais um pouco pra terminar. A anta no caso não sou eu, tá! Nem preciso dizer quem é! Só me dispus a ajudar porque os coitados dos dois engenheiros ficaram mais perdidos que cego em tiroteio. Enfim, isso é que dá ser solidário. O corpo padece enquanto a alma engrandece. Que bobagem isso!

Lição, até que previsível: a gente sabe quem é mais imbecil quando dois imbecis resolvem se fixar em detalhes (no fundo irrelevantes) e o imbecil menor esquece que o imbecil maior é que tem o “puder”! Quando a cabeça não pensa o corpo padece. Isso não é bobagem!  



domingo, 7 de julho de 2013

Yes, nós temos Miami

Dando uma passadinha rápida pra contar que chegay (rsrs). A viagem foi ótima, principalmente que minha poltrona estava a léguas de distância do diretor de engenharia. Com ele vieram mais dois engenheiros bem legais (mas que fiquei com pena) que se acomodaram bem na frente. E como a minha passagem foi marcada de última hora (viram como sei influenciar?! hehehe) fui pro fundão... adoro um fundão! Um deles até se dispôs (hum, hum) a trocar de lugar comigo. Mas eu jamais estragaria um papo todo corporativo assim, né!

Ontem fiquei “morgando” pelo hotel e redondezas. Hoje eles foram dar um role pelas praias. E, como eu tava com dor de cabeça (falsidade, esse é o meu nome! rsrsrs) fiquei por aqui e fiz um pequeno tour. Como eu já disse, Miami não me atrai! É uma cidade que tem o tipo de esnobismo que eu não curto. Se fosse Paris (ainda volto um dia... aquilo sim, é uma cidade pra gente curtir totalmente!) eu até me esforçaria pra contar pra vocês.

Miami é uma mistura de ricos e aposentados americanos, uma enorme quantidade de latino-americanos e... turistas ávidos por consumir! Eu fui até South Beach, que é a região mais badalada daqui, com uma grande quantidade de edifícios no estilo “art déco” (bem característico do início do século XX), passando pela Ocean Drive, onde estão localizados muitos bares, restaurantes e hotéis.

Depois... não resisti! Não que eu seja um consumista militante, mas eu tinha visto umas ofertas (adoro um “Off Sales” rsrsrs) e fui até o Bayside Marketplace, que é um shopping a céu aberto, localizado em Downtown Miami, próximo do porto. Não chega a ser um outlet, mas tem preços muito bons e, com certeza, mais de 200 lojas, a maioria das grifes mais conhecidas.

Só pra se ter uma ideia: comprei um 212 de 100 ml por U$ 50 (no Brasil é mais que o dobro disso!). Depois fui até a Calvin Klein: conjunto com 3 cuecas, daquelas clássicas (que todo gay que se preza tem! rsrs) por US$ 12, fora a pechincha de um CKin2U de 150 ml por U$ 30... impossível não comprar! Além do que sou um “perfumeiro” contumaz, sabe! Depois Gap, Guess, Nike... tudo com muita parcimônia! (rsrsrs). Ah, comprei uma câmera digital. Vou testar essa semana. As fotos que ilustram aqui não são minhas. Quem sabe no próximo post eu coloque uma foto minha e... espante vocês! (rsrsrs)

É isso. Amanhã começa o meu “pega pra capar”. Vou passar a maior parte do tempo “colado” no controller. Quem sabe eu não aprenda alguma coisa, né! Mais um detalhe: a última vez em que vim pra cá foi no final de 2011. Fiquei me analisando agora... eu to bem melhor! Naquela ocasião eu tava um bagaço, 6 meses que ele havia partido. Enfim, acho que estou conseguindo enxergar mais o sol dessa vez.

Fotos de South Beach e sua arquitetura peculiar... turistas, aposentados, a fauna toda e o Bayside.











quarta-feira, 3 de julho de 2013

Colhendo uma rosa num mar de cinza

Adenocarcinoma ductal (pâncreas). Foi depois da 3ª sessão de quimio, eu acho. Mal entramos em casa e ele correu pro banheiro. O vômito, agora viscoso, sem conteúdo que não uma gosma amarelada, com pontos rubros. Eu, estático ali na porta. “Que merda você faz aí olhando?!” Dai-me paciência, Senhor! E veio a diarreia, que ele não controlou. Bateu a porta na minha cara!

Quando ouvi o barulho do chuveiro, entrei, peguei suas roupas e fui pro tanque. Às vezes ainda consigo sentir aquela mistura de cheiros, excrescências... será que vou aguentar isso? Era só o começo. Intuitivamente eu sabia. Bem o começo! O que veio nos tempos seguintes... “Espera um pouco, esqueci de por as tolhas limpas!”

Chá de camomila. Dizem que é bom para o estômago. “Não to a fim de nada... tá quente isso!... que gosto horrível!... tem alguma geleia pra por na torrada?... porra! de morango?! detesto! não quero mais nada!”

Não quer ver TV, nada de música, a luz que incomoda, tá com frio (um baita calor, isso sim!). Cama. “Pega aquele edredom azul!” Era um edredom enorme, pesado, pra inverno polar! Deitei do lado dele. Eu iria suar aquela noite, com certeza. E o meu sono?

No escuro, sem tomar banho, com fome, só de cueca, ali, deitado do lado dele, enrolado no edredom, reunião importante logo cedo, passando da 1 da madrugada, ele dormindo na diagonal da cama, deixando pra mim o meu 1/3 do espaço que “me cabia”.

Ele tossiu, tossiu, tossiu. Virou-se. Recostou sua cabeça no meu peito. “Desculpe”. Então eu consegui dormir...

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Well, galerinha (rsrsrs). Como eu disse, embarco na sexta. Hoje marcaram uma reunião “final” (sabe aquela sensação que é um final com cara de tudo, menos de final?)... para começar às 18 horas! Belo horário, né?! E como os próximos dias ainda prometem, pode ser que eu não consiga mais aparecer por aqui até sexta. Vim dar um tchau. Se der tempo, enquanto eu estiver lá nas gringas leio e comento os posts de todos. Faz muito bem pra mim, podem ter certeza.

Abração

segunda-feira, 1 de julho de 2013

É o inferno astral ?

Ele chegou e eu nem percebi, o tal do inferno! Até que esse ano tá bem molezinha, pelo menos por enquanto. Se bem que, desde ontem, quando me lembrei disso, não para de chover aqui em Sampa. Deve ser uma nova modalidade, um inferno aquático. Hoje levei quase 1 hora pra chegar ao trabalho, ruas já alagadas pela manhã.

E foi logo cedo, numa reunião pra acertar os últimos ponteiros da apresentação do projeto de expansão de uma unidade fabril daqui, que irá acontecer nos States, que essa pessoa amável que vos escreve teve a “grata” notícia: irei junto com o pessoal da engenharia para a apresentação. Sinceramente, não to nem um pouco a fim! Primeiro que será em Miami (não me perguntem, mas não gosto dessa cidade!); segundo que o diretor de engenharia que vai é um cara chato “pacarai” (é assim que se escreve? rsrsrs)... e, como eu disse, é o meu inferno. Aborrecimento à vista.

Fora que é uma viagem praticamente de bate/volta: vou na sexta à noite (sacanas, né!), o que quer dizer que o sábado tá morto e o domingo... bem, detesto domingos. Segunda vamos conhecer uma nova planta que fica perto de Tampa, ou seja, um dia indo e vindo de carro. Terça, reuniões o dia todo. Quarta, a apresentação do projeto... com a tarde livre. Até sei o que eles chamam de livre: sair para algum restaurante com um bando de chatos, só que americanos! Quinta, mais reuniões, depois fechando a conta do hotel, pra embarcar de volta à noite. Programa total indígena... Funai garante!

Ah! Só pra constar: não gosto muito de avião! (rsrsrs) Oito horas trancafiado naquele charuto voador me dá uma certa agonia. Mas nada que uns whiskys não resolvam, né... ninguém é de ferro. Preciso agora “chalar” (sabem o que é? rsrsrs) urgentemente a gerente do RH pra ver se ela consegue marcar uma poltrona bem longe do diretor de engenharia! Sabem como é, os voos costumam estar bem lotados essa época do ano! Conseguirei! Ela me deve alguns favores. Nenhum de cunho sexual, tá! (rsrsrs). E que não foram por falta de tentativa... da parte dela, obviously!

PS: Eu nem devia contar pra vocês, que “caíram de pau” sobre a minha pessoa, esse ser tão meigo, delicado e generoso que vos escreve... ontem à noite o rapaz ligou! Isso mesmo: tomou coragem e arriscou ligar, ao invés de mandar mensagem. Querem saber? Foi um papo bem civilizado, honesto e “carinhosinho” (essa palavra é do Cocada! rsrsrs) Quem sabe o que futuro nos reserva, né...

  

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Bom dia, tudo em paz com você?

Esse foi o meu singelo sms pro carinha hoje cedo. Pra que eu inventei isso? Alguns minutos depois veio a resposta. Quase uma carta (rsrsrs)! Não vou reproduzir aqui, mas, em síntese, ao ler comecei a perceber que ele é do tipo “grude”. Sabe como, né?!

Ou ele está de férias ou de folga no trabalho... que coisa! Até a hora do almoço foram 5 mensagens! Respondi dizendo que estava muito ocupado, fim de mês, correrias, mais tarde escrevo melhor. Adiantou? Não! Será que ele não consegue perceber que essa estratégia em geral não funciona?! Ou será que funciona e eu é que sou “o ponto fora da curva”? Acho muito difícil de acreditar em alguém que, depois de uma transa, escreve algo do tipo: “não consegui dormir ontem!”.

Eu me considero tão fácil de entender. Sou o “cara dos tempos”... acredito muito que apenas o conhecimento mútuo, a convivência e a troca de ideias podem engendrar alguma possível história que tenha a chance de progredir. E ele escreveu coisas que, sinceramente, são totalmente inadequadas no nosso caso. Ou será que ele tá tão desesperado que acredita ser essa a forma correta de se conseguir alguma coisa?

Posso parecer meticuloso demais (até já me falaram isso... rsrsrs), mas pra mim o “day after” é mais importante até que o “dia d”. Eu comecei a encaminhar, pela minha mensagem matinal, uma estratégia, toda tipo início, bem início... Abortada agora.

Ah, na parte da tarde foram mais 6 mensagens! Não sei se funcionaria com vocês... comigo, decididamente, é a poeira. Baixando a nota... agora está em 5! (rsrsrs)


quinta-feira, 27 de junho de 2013

Nota 8

Sexo é uma droga! (rsrsrs) Quer dizer, sexo só pelo tesão, sem afinidades, nem bem conhecendo a pessoa, é uma porcaria! Calma! Começando de novo. (rsrsrs) Eu acho que só é bom até uma “certa idade”, porque depois disso, quando acaba, não tem nada com que complementar. Hum, acho que não tá bom ainda... explicando melhor.

É óbvio que eu sinto falta de sexo. Na minha juventude (hora da saudade... rsrsrs) eu era bem “aficionado”. Namoro firme eu só tive um na minha vida, na época da faculdade. Ficamos uns dois anos. E eu percebi que estava acabando justamente quando eu comecei a procurar outras transas. Foi um fim até sem traumas, um desgaste natural, vamos dizer.

Quando eu conheci o meu anjo, foi um ano “na seca” (rsrsrs). Na verdade, teve um dia que eu não aguentei e sai com um carinha, mas depois (acho que foi a primeira vez) pintou um puta arrependimento, mesmo que eu ainda não tivesse nada oficial com meu amor. Começo a achar, relendo isso, que meu raciocínio tá um pouco prejudicado...

Começando de novo: sai com um carinha hoje! (fogos, aleluias!... rsrsrs) “Menos”, tá! Eu fui numa reunião após o almoço e, antes das 17 horas (digno de comemoração isso!) eu já estava liberado. Então resolvi fazer um happy hour comigo mesmo e fui até uma lanchonete bem badalada aqui de Pinheiros. Até que nem tinha tanta gente. Escolhi um canto mais confortável (sou o rei dos “cantinhos”... rsrs) e já estava me deliciando com um “x mais que tudo” quando noto, algumas mesas à frente, um belo rapaz, lá pelos seus 30 anos, olhando sorrateiramente pro meu lado.

Sempre achei bem fácil descobrir as intenções de certos olhares. Acredito que isso seja comum entre a gente. Então, depois de um tempo, decidi encarar. Olhei fixamente, mas resolvi deixar que ele tomasse a iniciativa. E não é que, após uns minutos, o carinha, na maior, veio perguntar se podia sentar à mesa comigo?! Ousadinho, né! O papo foi bem agradável, ele é arquiteto, inteligente, gostosinho (rsrsrs)... jogou todas as insinuações do mundo pro meu lado. E eu ali, firmão! Até que veio a pergunta fatal: onde eu moro?

Na verdade eu moro bem próximo da lanchonete. Mas achei melhor não falar isso. Com os dois de carro, acertamos de ir para um motel... quanta previsibilidade! Fomos no meu carro. Bem... sem detalhes tá! Senão vocês irão falar que eu escrevo me auto-promovendo! (kkkkkkkkk). Só quero dizer que, dada a minha “secura” atual, dei uma bela canseira nele! Trocamos telefones. Qualquer hora dessas resolvo se apago da minha agenda... ou não.

PS: Plagiando um blog que, sempre que eu leio, morro de rir... nota: 8 (kkkkkkkkk) 



quarta-feira, 19 de junho de 2013

Bem bobo isso

De onde eu moro, até o meu trabalho, com trânsito “normal” (fins de semana, ou altas horas da noite!... rs) eu gasto, no máximo, 20 minutos! Durante a semana... eu entro às 8 hrs e se eu sair de casa por volta das 7, com certeza chego atrasado. E se saio até no máximo 6:30, então chego às 7 hrs. Dá pra entender isso? É a lógica de São Paulo, só quem vive aqui consegue entender.

Então, como detesto atrasos (principalmente os meus!), sempre acordo antes das 6 para, pontualmente, sair até as 6:30. Na volta, saio às 18 hrs... isso se não tiver alguma reunião extraordinária, que, de tanto que acontece, nem merece mais o nome de extraordinária! Pensando em média, até chegar, tomar banho, arrumar as coisas pro dia seguinte (sou bem desses, que acordam feito zumbis e então preciso deixar tudo ajeitado de véspera), comer alguma coisa, já é quase 21 hrs. Das 24 horas que tem o dia, 15 eu vivo em função do meu trabalho... e, das 9 que “restam”, tirando as 7 de sono, sobram 2 para eu me dedicar a mim mesmo! É pouco, quase nada...

Esse é o “custo” para eu morar bem, ter carro do ano, comer bem. Isso sem “contabilizar” (esse meu viés... rsrsrs) os anos que ralei na faculdade, estudando à noite e trabalhando de dia, os anos do mestrado, os trocentos cursos de especialização, as horas extras, os fins de semana em viagem a serviço da empresa, etc, etc, etc. Pra que eu to falando tudo isso? Porque eu já cansei de ouvir, mesmo nas entrelinhas, de pessoas que acham que pra ter o que eu tenho não é preciso trabalho, muito trabalho, muita abdicação de tempo pra gente. Pessoas que acham que, como por milagre, as coisas se realizam. Mas esse nem é o motivo principal desse texto.

Tem horas, muitas horas, em que eu mesmo penso se isso tudo vale/valeu a pena! O não ter alguém com quem compartilhar tudo, até essas 2 horas diárias, traz uma tristeza tão grande, um vazio tão avassalador que é exatamente por isso que eu me questiono se faz sentido viver dessa forma. A minha sorte é que, pelo menos, não me sinto deprimido, só triste. Além de gostar do meu trabalho, porque aí sim seria complicado, não gostar do que se faz.

Ficou um post meio bobo, né! Escrevi enquanto as pessoas aqui do trabalho iam embora, pras suas casas ver o “jogo do Brasil”! Vou aguardar um pouco mais, com o trânsito normal, mesmo que seja a essa hora. Hoje terei algumas horas a mais pra mim. Vou me esticar no sofá e ouvir música. Adoro música...


sexta-feira, 14 de junho de 2013

Complicado

Eu vivo num mundo de heteros. Tá certo, passo a maior parte do tempo no trabalho, gosto do que faço (sou até um pouco workaholic... rsrs) e quando tenho tempo pra pensar em mim mesmo, já é tarde e vou dormir. Fim de semana... já comentei aqui, não sou (nem nunca fui) muito chegado na vida noturna, principalmente em programas sozinho. Fora que tenho que fazer compras, organizar a bagunça que se arrasta no ap durante a semana. Sou caseiro, confesso!

Amigos. Amigos de verdade, aqueles que podemos contar a qualquer momento, eu tenho quatro. Dois são heteros, casados... dois são homo, sendo que um é casado. Sobra o Claudio (já toquei no nome dele aqui) e é justamente dele que eu vou falar um pouco mais. Hoje saímos pra um happy hour. A gente se conhece desde os tempos da faculdade, somos aquele tipo de amigos confidentes, sem segredos. Eu penso que sempre o vi como o irmão que eu não tive. Ele viveu toda a minha história de amor, me deu a maior força nos períodos pesados, acho que dá pra entender.

E, qual o problema? De uns meses pra cá eu venho notando alguma mudança no comportamento dele comigo. Eu até cheguei a imaginar que era um pouco cisma ou “paranoia” da minha cabeça! Hoje... olha, não é minha imaginação! Não sei se pela bebida (ele exagerou um pouquinho... e eu no suco de laranja: vida de “motorista da vez” em tempos de lei seca... rsrsrs), ou se pelo clima do lugar, um barzinho bem do tipo aconchegante, mas o fato é que a conversa, a proximidade, os toques de mão, os olhares... sei não!

E, qual o problema? O problema é que eu o vejo como irmão! Os meus gestos de carinho pra ele são como os que eu daria pra um irmão. Acho que ele tá confundindo tudo! Teve uma hora, ele se aproximou tanto... quando me dei conta do que ele talvez quisesse, céus! Mesmo que ele não tenha sido explicito em nada, nenhuma palavra, mas pra mim é tão evidente. Depois, quando o levei pra casa dele, eu encarnando o meu lado bem formal e ele perguntando, meio “grogue”, o que eu achava de dormir por lá mesmo! Inventei mil desculpas e... fui!

Tomara que seja apenas pela bebida! Sinceramente, não quero perder o meu melhor amigo!  



quarta-feira, 12 de junho de 2013

Um vídeo hoje pode?

É de um cantor que eu curto bastante, o Jay Brannan. A música, o vídeo... bem meu estilo.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Um pouco da minha história

Acho tão complicado falar de mim, mas vamos lá. Eu fui um menino um pouco franzino e isso me incomodava muito. Sempre fui mais do tipo “rueiro” (rs); diferente dos outros garotos, nunca fui fã de videogame, nem de ficar trancado em casa. Na adolescência tive poucos amigos, e foi com um deles que descobri (se bem que eu já tinha alguma ideia... rsrs) a minha sexualidade. A primeira vez, sei lá, eu achei que tinha abusado do garoto. Depois, com as coisas rolando mais frequentemente, tudo foi tomando contornos mais tranquilos. Deixo essa parte pra outro post...

Minha mãe morreu, eu tinha 15 anos. Foi um golpe pra mim, pois nunca tive muita intimidade com meu pai, um cara sempre sério, fechado, ao contrário da minha mãe. Não foi fácil ter que conviver com ele, mas, de alguma forma, ele também mudou um pouco depois da morte dela. Não que ele tenha se tornado muito próximo de mim, mas ao menos passou a me dar um pouco mais de atenção. Foi também nessa época que eu quis arrumar um primeiro trabalho. Apesar da resistência dele, me transferi para o período noturno (eu iniciava o segundo grau) e arrumei um trabalho. Foi a minha primeira sensação de independência... muito bom!

Eu devo ser uma mistura interessante dos dois: fisicamente me pareço muito com ele (que era de origem alemã) e internamente me pareço com ela, ou seja, apesar da “cara de mau”, sempre fui extremamente cuidadoso e atencioso com os outros, especialmente com meus amigos. Depois que ela morreu, além de começar a trabalhar, me matriculei numa academia de ginástica. Bem isso, ginástica! Com o tempo, cheguei à brilhante conclusão que foi uma forma de me tornar mais forte fisicamente... talvez porque eu teria que lidar sozinho com meu pai, sem minha mãe pra me proteger, quem sabe! (rsrs). Apesar de que ele nunca (ao menos que eu lembre) tenha me agredido fisicamente. Mas, não custava “não dar mole”.

Quando eu fiz 18 anos, entrei na faculdade. No mesmo ano meu pai se casou novamente. Era a chance: me emancipei! Horas de conversa com ele (campeonato de cabeça-durismo!) até que ele me ajudou a comprar o meu primeiro apartamento! Pela primeira vez senti que meu pai levou um baque! Aquele rapaz pacato e estudioso, que nunca deu problema, resolvendo morar sozinho. Mas não teve argumento. Sem chance! Se ele iria ter uma vida nova, nada melhor que eu também tivesse!

Três anos depois ele morreu. Foi uma sensação diferente que eu senti. Fiquei triste, mas não como quando perdi minha mãe. Eu estava no último ano da faculdade, já me sustentando suficientemente, na época eu tinha um “caso” fixo da minha turma. Enfim... pintou o problema da herança. Isso dá uma história bem longa, que nem vale a pena. Inclusive foi nessa ocasião que eu tive um belo stress com os irmãos dele, e tudo por causa de dinheiro!

Resuminho: eu me acertei com a nova esposa dele, que é uma mulher muito boa, trabalhadora, com dois filhos do primeiro casamento (e que na época eram menores) e abri mão da casa e do carro do meu pai em nome dela. Fiquei com algum dinheiro que ele tinha aplicado, juntei com o que consegui com a venda do meu ap (que era minúsculo) e comprei um maior. Na época fui taxado de idiota, mas eu sei que fiz a coisa certa. Até hoje sou muito amigo dela e a considero a única pessoa que eu entendo por minha família.

Depois que eu me formei consegui um estágio nessa empresa em que estou até hoje. Estou muito feliz com minha carreira profissional. Progredi, fiz cursos no exterior por conta da empresa e lá conheci o meu amor. Tá bom por hoje...

PS: Hoje quem me vê nem imagina o menino mirrado que eu fui... acabei me tornando um homem alto e bem forte (rsrsrs).