Ouvi dizer que a esperança é um fruto da paciência. Houve um
tempo em que eu simplesmente não suportava os esquemas da espera. Grande parte
da minha vida eu passei “forçando” os acontecimentos, como se a minha força pudesse
se contrapor à da natureza. Parece evidente que um dia até essas revoltas se
esgotam. Resta, então, abdicar. Dizem que isso é sinal de lucidez. Dizem... só
espero que esse “ser lúcido” não crie em mim a incapacidade de amar
novamente...
E junho já chegou. Não sei se é impressão minha, mas ando
sentindo um ar tão carregado por aqui. Tem essa Copa sem entusiasmo, tem a
iminência de um racionamento sério de água, tem as eleições, um clima muito
estranho. Bem, mas a vida continua. Pode ser que até o final do mês eu tenha
que (coisa chata, né!... rs) viajar novamente pras “Gringas”. No que depender
de mim, já estou com o passaporte na mão!
Música para uma tarde de domingo, sol “meia boca”, ameaçando
chover...