Pra quem achava que a “coisa” estava mais pra missão
impossível, até que me sai bem! Quase 20 dias pelas “Gringas”. Tensão, stress,
um pouco de medo de arriscar (de certa forma, eu arrisquei muito... tá certo,
um pouco menos, rs... sou um cara bem precavido!) e, em resumo, posso dizer que
alcancei uns 90% do que eu esperava. Além do que acredito que estreitei ainda
mais minha relação com o “grande chefe”. Já me sinto à vontade com ele.
Mas, não vou ficar aqui enchendo a paciência dos leitores
que ainda resistem a esse blog praticamente bissexto. (rs) Hoje, de folga do
trabalho (achei que eu merecia!) e antes de voltar para o mundo dos mortais lá
da empresa (só imaginando a quantidade de pendências que me espera!), resolvi
dar um alô pra vocês. Vou tentar, a partir de hoje, voltar ao ritmo normal de
visita a todos vocês... sinto muita saudade de todos! E para não ficar apenas um
post no estilo “hi, I'm here!”, deixa eu contar uma situação “tensa” que vivi
lá em MIA.
Como eu disse, a minha relação com o boss está pra lá de
ótima. Acredito que grande parte disso se deve a que temos estilos muito
parecidos de encarar as coisas, tanto no lado profissional, quanto no pessoal.
Somos sempre objetivos, diretos, nada de ficar “dourando a pílula”. Os assuntos
e as decisões fluem com muito mais consistência. E, apesar da proximidade, não
deixamos que nada interfira naquilo que deve ser feito, mesmo a contragosto de
muitos.
Outra coisa que me aproximou ainda mais dele se deve à sua
postura pessoal diante da minha. Explicando (rs): depois de muito pensar, mesmo
porque nunca falamos abertamente sobre essa questão, cheguei à conclusão que
ele conhece bem a minha vida pessoal. Estou me referindo à minha orientação
sexual, ao meu envolvimento com o Zeca, tudo isso. E, mesmo ele sendo de outra
geração (ele tem mais de 60 anos), isso não interfere absolutamente em nada na
maneira como me trata, na forma como confia em mim. Tudo bem que nunca fui de
esconder o meu relacionamento de ninguém da empresa, apesar de também nunca me
expor no ambiente profissional, mesmo o Zeca trabalhando lá. Penso que não
devemos misturar vida pessoal com profissional, independente de ser hetero,
homo. Em resumo, existe um belo respeito mútuo entre a gente.
E foi justamente por isso que “pintou” a tal situação tensa.
Ele tem 3 filhos... eu já conhecia os dois que moram com ele e faltava conhecer
o mais velho (deve estar beirando os 30 anos), que está fazendo doutorado na
Inglaterra. Em economia... Solteiro... Estão começando a entender? (rs) E não é
que o boss vivia falando do rapaz! Que gostaria de me apresentar (pelo fato de
ser economista?) que nos daríamos bem, que certamente teríamos muito sobre o
que conversar... Essa insistência no assunto começou a aguçar (eu tenho uma
mente tão imaginativa! rs) uma dúvida: não sei se acontece com vocês, comigo já
aconteceu algumas vezes... sabe aquele tipo de pessoa que quer “dar uma de
cupido”? A pessoa sabe que você está “solto” no mundo, conhece seus “gostos”
(rs), então resolve te apresentar alguém... especial! Pra mim isso é tenebroso,
pra dizer o mínimo! As vezes em que isso aconteceu, tudo acabou em puro estado
de tensão e saia justa!
E virava e mexia e lá vinha ele com o papo sobre o filho...
que (coincidência?) viria passar uns dias em MIA. Santo Deus! Isso não vai dar
certo! (rs) Até que, não teve jeito, chegou o mancebo. Na hora em que fomos
apresentados... quase cai da poltrona! É um “alemão”... mais alemão que eu
(rs), mais alto (deve ter mais de 1.90 de altura), mais “fortão”... eu,
coitado, como é público e notório, prefiro os moreninhos, me afundando na
poltrona. Oh vida! Como me saio dessa?!
Foi quando, eu já começando a pensar em fazer alguma
promessa a algum santo de causas difíceis e complicadas (rs), não é que surge a
notícia mais alvissareira de todos os tempos! Ele pretende se casar com uma
linda inglesinha (linda é por minha conta, certo! que a moçoila é feia que dói!
rs) no final desse ano! E foi assim que me vi livre, leve e solto novamente. O
que faz a nossa imaginação criativa, né!
E como entre mortos e feridos salvaram-se todos, voltamos à
nossa programação normal...