Domingão maravilhoso aqui em Sampa. Nem parece inverno!
Acordei cedo, tomei café e fui andar no Parque Villa Lobos. É um parque bem
bacana, menor que o Ibirapuera e com bem menos pessoas. O Ibira é impraticável
nos fins de semana! E lá fui eu, todo “esportivo” (rsrs) shorts, tênis, boné
(eu fico praticamente irreconhecível nesses “trajes”), caminhar. Não gosto de
correr ou andar de bike, apenas caminhar. E foi numa trilha que vi um rapaz com
seu cão. Uma beleeeeza... na verdade duas... o cão também era lindinho! (rs) Gente,
o radar apitou bonito! Diminui a marcha, passei lentamente por ele. Não deu
outra: a olhada que ele me deu, entregou! Aí juntou duas securas, a do tempo
(tá seco pacas por aqui!) e a minha, e o tesão aflorou. Vocês entendem, né?!
Antes que vocês comecem a imaginar o que aconteceu, já entro
com um “anticlímax”: não rolou nada, apenas uma paquera. Depois que passei por
ele, mais à frente dei uma parada, deixei que ele me alcançasse, novamente ele
me olhou “daquela forma”, mas não passou disso. Penso que, como eu não tomei a
iniciativa, e ele sendo bem jovem (devia beirar os 20 e poucos anos), eu devo
ter intimidado. Mais velho, mais alto, mais... essas coisas! (rs) Depois
tomamos trilhas diferentes e não o vi mais. Fim. Que pobreza de história, né?!
Mas serviu para eu pensar (às vezes acontece rsrs) sobre uma coisa que
considero importante: sexo e amor.
Sem a menor pretensão de grandes voos conceituais, eu penso
que, no sexo sem amor, o nosso “objeto” (no caso, a outra pessoa) é visto como
o “complemento” do ato sexual. Explicando melhor e utilizando o que aconteceu
hoje: eu vi o carinha e, imediatamente, aquela visão, o seu corpo, os seus “membros
inferiores”, como diria o meu amigo Cocada (rsrsrs), despertaram um mim um
desejo. Aquela bundinha arrebitada... nossa! Vontade de apalpar, de me encostar
inteiro por ali! Aquele corpo me deu desejo. Imaginei automaticamente ele sem
roupa e... nem preciso entrar em detalhes, né! Isso aqui é um blog de família
(rsrsrsrsrs). A questão é: existiu um desejo em mim e aquele rapaz, naquele
momento, era apenas uma via possível de materialização desse desejo. Entendem
onde eu quero chegar?
Não estou querendo tecer algum julgamento que diminua o
valor do sexo, do desejo. Longe de mim, que já agi muito assim na minha
juventude. Acho super válido! Ajuda demais no nosso equilíbrio emocional. Eu
apenas quero expor uma diferença, que eu penso existir, quando o mesmo ato
sexual é feito com alguém que amamos realmente. E quando acontece o sexo com a
pessoa que amamos, tudo se inverte: no sexo com amor o ato sexual é o
complemento do nosso “objeto”! Aliás, esse objeto nem existe, pois o que temos
em nossa frente é o sujeito que amamos.
O sexo é um prazer e se move pela busca. Eu busco o meu
prazer em um outro, no seu corpo. Eu fiz isso inúmeras vezes. E, na maioria das
vezes, foram experiências muito boas. Porém, quando eu estava com meu amor,
vivendo a história mais linda que eu podia ter pedido a Deus, naqueles nossos
momentos de sexo, o que eu procurava, sempre, era “dar” prazer a ele. Eu
buscava nele o prazer dele! Eu amava ver o corpo dele tendo prazer! E, delícias
das delícias, êxtase dos êxtases, maravilha das maravilhas... ele procurava a
mesma coisa em mim! Aí, meu caros amigos, não existem palavras que cheguem
minimamente perto de descrever o que sentíamos!
Oi Adriano,
ResponderExcluirEu acredito que há três prerrogativas para se fazer sexo: necessidade, obrigação e amor. A questão que você mencionou sobre sexo sem amor e a "pessoa objeto" representa bem a questão do sexo por necessidade. Você faz por prazer, para suprir uma necessidade momentânea do seu corpo, e você não necessita estar conectado emocionalmente com a outra pessoa.
O sexo por obrigação é aquele famoso "fazer por fazer". Acho que acontece mais em casais de longa data. Quando um quer mais ou outro não quer mas acaba fazendo por pura obrigação (espero não chegar nesse ponto nunca).
E claro tem o sexo por amor. Apesar de nunca ter feito sexo com alguém que ame acredito que deva ser muito bom. Esse com certeza é o mais complicado porque requer um relacionamento de verdade, um comprometimento de duas partes e deixa mais lembranças. Você sabe bem como é!
Acho que no amor o sexo é uma consequência, nem necessidade e muito menos obrigação.
Abraços e mais sorte na próxima "caçada" hehehe!
Nossa, me vi com rifle em punho, binóculos, em pleno safaria, á procura de algum jovenzinho incauto pra abater! (kkkkkk) Não é bem assim, né, meu querido! Na verdade, na maioria das vezes, o caçado sou eu tá, só pra você saber!
ExcluirGostei dessa categoria: sexo por obrigação. Embora pra mim, quando acontecia de eu não estar a fim, sempre acho melhor dizer claramente. Muitas vezes, quando conversamos sobre essa “falta de vontade”, no meio da conversa surge a vontade, se é que você me entende! (rs) Mas, efetivamente, é péssimo fazer sexo apenas por fazer, né.
Não me lembro de ter lido ou ouvido antes uma descrição tão bela e precisa do sexo com quem se ama: "Eu buscava nele o prazer dele! Eu amava ver o corpo dele tendo prazer! "
ResponderExcluirAcho que poucos chegam a isso, mesmo muitos casais.
Essa entrega depende muito da pessoa. Quem já conseguiu isso, imagino, pode se dizer um pouco realizado na vida. Conheceu uma dimensão muito humana, verdadeiramente humana...
bjs.
Vou falar uma coisa, não sei se você concorda, ou já pensou a respeito: o sexo, queiramos ou não, tem uma conotação agressiva... talvez a palavra não seja essa, sei lá, poderia ser “invasiva” a palavra, talvez. Quer seja no sexo oral, ou anal, existe isso. Faz parte, como dizem, é a essência do sexo. Acontece que, quando amamos, existe um sentimento de “querer proteger”, de não “machucar”, que se sobrepõe a qualquer tipo de “invasividade”, tá entendendo?
ExcluirNa minha opinião, é justamente esse sentimento de proteção que torna o sexo com amor essa maravilha que ele é. Passamos a prestar atenção no outro. Na medida em que só queremos fazer o outro feliz, exploramos o outro, as suas reações a cada movimento, a cada experiência. Nesse processo acabamos conhecendo o que dá prazer ao outro. E, se existe o amor recíproco (isso é importantíssimo, pois um amor de “mão única” está condenado ao fracasso), o outro estará procedendo da mesma forma com a gente. Assim, um e outro buscando o prazer que não é propriamente o seu, acaba resultando no maior prazer mútuo. Pode acreditar: é indescritível!
Acredito, e como acredito! Porque compartilho desse pensamento, dessa postura diante do outro. Só assim vale a pena! E como é bom ver alguém assumir isso. Como é bonito isso!
Excluire é exatamente por isso que o sexo sem amor hoje me incomoda tanto, é exatamente desta forma que eu penso, eu sempre fui o complemento do desejo de outra pessoa, o que, na verdade, podia ser eu, mas podia ser quaisquer outras pernas, bunda ou pau que cruzassem com ele por alguma trilha, não é?
ResponderExcluirEu queria experimentar a sensação de viver algo como vc descreveu:
"Eu buscava nele o prazer dele! Eu amava ver o corpo dele tendo prazer!", alguém que estivesse comigo porque o sexo complementaria o sentimento que existiria entre nós. Esse era meu sonho. Era. Mas é lindo saber que pessoas como vc podem experimentar algo deste tipo. É lindo saber que isso existe.
Foxx, meu querido, de tanto eu repetir pro “universo” que você, um dia, vai encontrar o seu amor, tenho certeza que isso irá acontecer! Você nem precisa acreditar, tá! (rs)
ExcluirEntão, você entende como eu esse lance de que fazer sexo sem amor significa procurar o outro como complemento do nosso prazer. Quando encontramos o amor, pode ter certeza, isso muda. Como eu escrevi acima, no comentário do Alex, o sexo com amor passa a ter um conteúdo diferente. E é justamente por isso que ele é infinitamente melhor. Inclusive, pra mim, explica a “monogamia”... pra que procurar alguém diferente se temos o supra sumo das delícias ali juntinho da gente, né?!
Torce por mim, Adriano, torce mesmo, quem sabe sua torcida ajuda.
ExcluirEu já experimentei sexo com amor, Adriano, eu já fiz sexo com um homem que eu amava, eu sei o que é, porque eu já estive apaixonado, infelizmente eu nunca tive alguém que estivesse apaixonado por mim e eu por ele... pena que o "universo" resolveu só me deixar experimentar o gosto né?, comer só uma colherzinha para provar.
Poxa que post legal e que sei lá... kkk
ResponderExcluirEu acho que existe sexo e existe amor... uma coisa não depende da outra, mas para mim, uma coisa tá muito atrelada a outra... ou então, eu ainda não aprendi a fazer direito [o que é muito provável he he he].
Na verdade, eu acredito muito no que você escreveu... mais do que o prazer, é bacana compartilhar um momento, é ter o outro "em suas mãos"...
Estive em São Paulo nos últimos dias, realmente os dias estavam lindíssimos!
Um grande abraço!
Em tempo, há algum e-mail pelo qual possamos conversar?! Eu uso para o blogue o endereço: algernon.br@gmail.com, se puder enviar, depois eu envio o "oficial". ;-)
Meu amigo, acho que você tá, digamos, confuso (rsrsrs). Na mesma frase você diz que “uma coisa não depende da outra” e, em seguidinha, que “uma coisa tá muito atrelada a outra”... precisa decidir, né?! (rsrsrs). Brincadeira, tá! Foi só pra ficarmos mais informais.
ExcluirNa minha singela opinião pode existir sexo sem amor, mas amor sem sexo?! Não dá, né?! A não ser amor pelos pais, pela profissão, pelos amigos... se bem que, entre amigos (rsrsrs).
Você veio pra cá? Que pena... se fossemos um pouco mais “conhecidos” poderíamos ter tomado um café! Da próxima vez que vier, já sabe. Vou te passar o meu email. Eu acho muito legal conhecer novas pessoas.
Abração
Confuso?! Eu? Imagina... impressão sua! hauahuha
ExcluirPois é, uma hora teremos a oportunidade de conversar e te explico melhor [kkk],
Pois é, será um prazer partilhar de uma boa xícara de "café com conversa" contigo, dessa vez foi tudo meio corrido, como eu brinquei no blogue, aproveitei para "levar" meu pai comigo e dai ele ganhou as atenções. Mas se meus planos caminharem como esperado, além de idas mais frequentes à SP, eu devo voltar para mais uma temporada pela cidade de pedra.
Eu cresci em SP e apesar do tempo e da impessoalidade, de certa forma me sinto em casa em meio a loucura dessa cidade.
E aguardo teu contato! ;-)
Abração!
Já ouvi falar muito vem deste parque...
ResponderExcluirBacana seu ponto de vista sexual...
Sexo com quem amamos é algo completo, e com um ficante é uma troca de tesão, um é objeto do outro.
Abraços e juizo nas imaginações....rs
Pois é... Pode ser bem por aí. Mas assim:até que se constrói o amor, o sexo é com alguém que ainda não se conhece por inteiro, né? Então ele é feito com um "objeto". Difícil enxergar "um sujeito pleno", quando na verdade todos nós só temos acesso a recortes, fragmentos.
ResponderExcluirÉ o nosso jeito de nos mostrar para o mundo e perceber o mundo: nos reduzimos e reduzimos as coisa de sua complexidade e transformamos cada um desses universos em objetos...
Enfim, muita coisa pra falar sobre isso,... hehehe