domingo, 16 de fevereiro de 2014

O que vim fazer aqui?



Deve ser pelo cansaço. Ao menos espero que sim. Foi difícil chegar até aqui? Foi! Uma semana sem muito tempo pra respirar. Horas dos aeroportos, dos aviões... horas de entrada e saída de hotéis, horas de trabalho... horas de reuniões. Infindáveis! E foi assim que cheguei, 0 grau, neve, o inverno, senhor de tudo e de todos.

No meio da tarde, veio a ideia brilhante: sabe “aquele” café?! Qual? Aquele... e nem era inverno, nem tinha neve e as pessoas sorriam nas ruas. Eu sorria. Ele... Entrei. Era o mesmo café, adorável! Tudo parecia mais aconchegante hoje. Acho que as pessoas não se importavam em doar seu calor, compartilhar. Sentei lá num canto (eu e meus cantos...), absorvido por tudo ao redor. O tempo passou? Cinco anos e parecia que, a qualquer momento, ele voltaria a estar ali comigo. Era o cheiro dele, ou do café, bem forte, que eu pedi?

Ao sair, a única questão que povoou minha mente foi: o que vim fazer aqui? Mesmo agora, quando o cansaço é tanto que impede o sono de chegar, essa pergunta está aqui, martelando incessantemente. Amanhã é domingo, pé de cachimbo...


7 comentários:

  1. Se recordar é viver, foi isso o que você fez: viveu um pouco.

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  2. Você anda sobrecarregado...
    Nada melhor do que um tempinho para si mesmo...

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  3. sim vc viveu mais um pouco e isto é bom ... mesmo q seja assim a curtir com nostalgia um momento q se foi ... mas no mínimo isto nos revigora e nos impele para os novos desafios ...

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  4. Recordando, ora, lembrar também faz bem, mas tb precisa criar memórias novas.

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  5. Ola, sigo seu blog já ha algum tempo, mas nunca comentei nada. Hoje porém ao terminar de ler o post, respondi a mim mesmo que voce foi ali buscar forças. Então me lembrei de um poema de William Wordsworth, que muito melhor expressa o que pensei: Talvez vc já o conheça, talvez não, mas de qualquer forma parece oportuno e pode responder tua pergunta de o que vc foi fazer ali. Grande abraço.
    ...
    What though the radiance which was once so bright
    Be now for ever taken from my sight,
    Though nothing can bring back the hour
    Of splendour in the grass, of glory in the flower;
    We will grieve not, rather find
    Strength in what remains behind;
    In the primal sympathy
    Which having been must ever be;
    In the soothing thoughts that spring
    Out of human suffering;
    In the faith that looks through death.
    ...

    Uma tradução livre para a língua portuguesa e que particularmente gosto é esta:
    ...
    A luz que brilhava tão intensamente
    Foi agora arrancada dos meus olhos,
    E embora nada possa devolver os momentos
    De esplendor na relva e de glória nas flores,
    Não sofreremos, melhor,
    Encontraremos força no que ficou para trás.
    Na empatia primordial
    que tendo sido sempre será;
    Nos suaves pensamentos que nascem
    do sofrimento humano;
    Na fé que supera a morte.
    ....

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  6. Concordo com o comentário do Edu!
    O que você foi fazer aí???
    Você foi viver, você foi reviver...e quem sabe você não foi fechar um ciclo? Ou começar a fechar...
    Quando menos se espera, tudo acontece, basta esperar...

    Boa viagem meu querido...aproveite!

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