Eu me considero uma pessoa mais auditiva do que visual.
Gosto demais de um bom papo, especialmente entre amigos. Gosto demais de
música. Aliás, sempre que não tenho algum trabalho que exija concentração e
foco, com certeza estou ouvindo música. Nunca fui muito de “curtir” filmes.
Quando ia ao cinema (com o Zeca, ou com amigos), a melhor parte sempre eram os
comentários que aconteciam após a sessão. De preferência num barzinho ou
restaurante. (rs)
Tenho poucas fotos, apesar de já ter viajado para muitos
lugares lindíssimos. Sempre preferi curtir integralmente as viagens, os passeios,
sem a preocupação de registrar alguma imagem para “ver depois”. E isso sempre era
motivo de algumas brigas, entre mim e o Zeca (rs). Sempre achei que essa
necessidade de “captar” um momento, de certa forma tentando “aprisionar” sua beleza,
ou felicidade, muitas vezes acaba desviando o nosso olhar real e presente daquilo
que se pretende preservar para o futuro. Seria como se preocupar com aquilo que
lembraremos no futuro e não aproveitar, efetivamente, todas as possibilidades
do presente. Será que estou explicando direito o que penso? (rs) Na verdade
essa crítica eu sempre dirijo às pessoas que se preocupam demais com fotos ou vídeos,
sendo que isso, a meu ver, atrapalha demais justamente o que se quer vivenciar
de tudo o que se registra.
Ontem, como eu estava “de molho” (na quinta-feira, outra
sessão/tortura de laser), enquanto deixava o tempo fluir, ouvindo minhas
músicas, esparramado sobre o sofá (rs), fiquei pensando em como somos
peculiares e únicos nesse mundo. Cada um de nós é um ser tão diverso dos
outros, tão singulares enquanto experiências de vida! E, mesmo nessa
diversidade fascinante, procuramos sempre um outro para caminhar a nosso lado.
E nada dessa coisa de “metade da laranja”... quer coisa mais bonita do que uma
laranja de mãos dadas com uma maçã? (rs)
Eu estava tão concentrado nos meus pensamentos, que nem
percebi que o Claudio (aquele meu “querido amigo”, que inclusive tem a chave do
meu AP... rs) havia chegado e estava de pé ao meu lado. “Tá alegre hoje! Bom
isso!”, ele exclamou. Pensei: como será que ele conseguiu perceber, sem ao
menos ter conversado comigo, sem que houvesse a menor troca de mensagens entre
a gente? Contei a ele sobre os meus pensamentos soltos e ele me veio com algo mais
ou menos assim: “Por mais livres, espontâneos, criativos, singulares que
sejamos, acho que todos nós temos padrões de comportamento. São características
marcantes do modo de ser da gente. São como sinais e, para quem nos conhece, a
percepção de algum desses sinais, já demonstra o nosso estado de espírito
naquele momento.”
Achei muito interessante o que ele disse. Eu pensando na
individualidade e ele abordando sobre padrões. Porém, não sobre o conceito
usual de padrão, que tenderia a anular a individualidade... mas sim o padrão
que, através de sinais, faz com que reconheçamos um determinado momento de uma
individualidade. Então, indaguei sobre qual havia sido o primeiro sinal que ele
detectou e que o levou a crer que eu estava mais “alegrinho”. Ele respondeu: “Fácil...
você não estava ouvindo Guillemots!” (rsrsrs). É, ele me conhece...
Só pra constar: eu ouvia Marble Sounds... adoro essa banda!
Especialmente essa música...
Sim somos uma individualidade ímpar, se é que podemos assim expressar ... Acho maravilhoso uma laranja passear de mãos dadas com uma maçã, apesar dos destemperos q sempre ocorrem entre estas duas individualidades ... Vc realmente parece mais alegre e passa isto pelas letras, pelas vírgulas e pontos ... Tb tenho um amigo assim como o Fábio ... Pena q ele não tem a chave de minha casa pois mora a milhares de km daqui de BH mas, mesmo assim, se faz presente toids os dias em minha vida e eu na dele. Muito bacana isto ...
ResponderExcluirBeijão
Ah! O sorriso lá no Blog ... é esta a intensão mesmo ... desanuviar mesmo ... tenho uma peculiaridade minha ... dia de postar e em q não estou a mil eu posto uma brincadeira pois, se for falar sério vou passar coisa amarga para os amigos .... qdo estou bem posto mais sério ... rs
ResponderExcluirNós dois falando sobre padrões hoje hein? eu gosto de fotos, mas nao para registrar o momento, mas para registrar o olhar. Tem coisas numa viagem que somente vc enxerga, é esse registro que amo fazer com fotos.
ResponderExcluirSobre peculiariedades, o Claudio está certo. E bom é quando se tem pessoas ao lado que podem reconhecer isso. Eu nao tenho, que bom que vc tem. Isso denota intimidade e eu acho que não existr nada melhor em nenhum relacionamnto humano.
Sobre o texto talvez eu seja meio termo >< mas é interessante essa questão.
ResponderExcluirAdorei a música, e o texto.
ResponderExcluirE, olha, a vida seria muito monótona se todos tivéssemos as mesmas combinações de padrões.
O grande lance na vida é a gente aprender a reconhecer nossos próprios padrões, e nos libertar dos padrões que nos amarram, e desenvolver outros que nos fazem simplesmente felizes.
Como você, soltão no sofá, ouvindo suas músicas que fazem mais alegres seus dias!
Abração