De onde eu moro, até o meu trabalho, com trânsito “normal”
(fins de semana, ou altas horas da noite!... rs) eu gasto, no máximo, 20
minutos! Durante a semana... eu entro às 8 hrs e se eu sair de casa por volta
das 7, com certeza chego atrasado. E se saio até no máximo 6:30, então chego às
7 hrs. Dá pra entender isso? É a lógica de São Paulo, só quem vive aqui
consegue entender.
Então, como detesto atrasos (principalmente os meus!),
sempre acordo antes das 6 para, pontualmente, sair até as 6:30. Na volta, saio
às 18 hrs... isso se não tiver alguma reunião extraordinária, que, de tanto que
acontece, nem merece mais o nome de extraordinária! Pensando em média, até
chegar, tomar banho, arrumar as coisas pro dia seguinte (sou bem desses, que
acordam feito zumbis e então preciso deixar tudo ajeitado de véspera), comer
alguma coisa, já é quase 21 hrs. Das 24 horas que tem o dia, 15 eu vivo em função
do meu trabalho... e, das 9 que “restam”, tirando as 7 de sono, sobram 2 para
eu me dedicar a mim mesmo! É pouco, quase nada...
Esse é o “custo” para eu morar bem, ter carro do ano, comer
bem. Isso sem “contabilizar” (esse meu viés... rsrsrs) os anos que ralei na
faculdade, estudando à noite e trabalhando de dia, os anos do mestrado, os
trocentos cursos de especialização, as horas extras, os fins de semana em
viagem a serviço da empresa, etc, etc, etc. Pra que eu to falando tudo isso?
Porque eu já cansei de ouvir, mesmo nas entrelinhas, de pessoas que acham que
pra ter o que eu tenho não é preciso trabalho, muito trabalho, muita abdicação
de tempo pra gente. Pessoas que acham que, como por milagre, as coisas se
realizam. Mas esse nem é o motivo principal desse texto.
Tem horas, muitas horas, em que eu mesmo penso se isso tudo
vale/valeu a pena! O não ter alguém com quem compartilhar tudo, até essas 2
horas diárias, traz uma tristeza tão grande, um vazio tão avassalador que é
exatamente por isso que eu me questiono se faz sentido viver dessa forma. A
minha sorte é que, pelo menos, não me sinto deprimido, só triste. Além de
gostar do meu trabalho, porque aí sim seria complicado, não gostar do que se
faz.
Ficou um post meio bobo, né! Escrevi enquanto as pessoas
aqui do trabalho iam embora, pras suas casas ver o “jogo do Brasil”! Vou
aguardar um pouco mais, com o trânsito normal, mesmo que seja a essa hora. Hoje
terei algumas horas a mais pra mim. Vou me esticar no sofá e ouvir música.
Adoro música...
ô gente, como poderia ser eu escrevendo esse texto... como poderia... vem cá pra eu te dar um abraço.
ResponderExcluirFaço minhas as palavras do FOXX, e as suas também... Sempre fui muito voltado pro trabalho,,, herança dos meus pais que são extremamente comprometidos com seu negócio. Não temos tempo para nada, e no nosso caso, nem finais de semana temos. O trabalho aqui vai de domingo a domingo. A única folga fica no domingo que só trabalhamos meio expediente. Mas sempre quando estou em casa, na cama ou na mesa do PC, me sinto triste, sozinho. Assim como você disse, nunca cheguei a ficar deprimido só mesmo triste, o que ainda não é normal. Você relaxa com música, no meu caso, eu gosto muito de comédia, seja em series, filmes, videos no youtube ... consumo muito isso pra tirar um pouco dessa tristeza. Pelo menos para mim rir é um bom remédio. Acredito que você é um cara forte e não vai deixar de viver por causa dessas pequenas coisas, não é? Um forte abraço e bom resto de semana!
ResponderExcluirÉ.. Acho que é uma questão de escolha mesmo.. Acho bacana mesmo toda essa dedicação, mas sinceramente dou tanto valor ao meu lazer... Juro que não sei se vale ter o carro do ano pra só ter tempo d e usar ele pra ir pro trampo e voltar dele num transito caótico.. Escolhas.. escolhas...
ResponderExcluirPois é... Estou no time do gato.... hehehe
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